A construção do Palácio sofre imensas vicicitudes. Foram as Invasões Napoleónicas; a fiuga do rei para o Brasil; a falta de dinheiro para a obra... A construção arrasta-se com lentidão. D. João morre sem nunca ter aqui vivido. O filho, D. Miguel, foi aqui aclamado e aqui viveu por seis meses, no seu curto reinado. Veio, depois, o liberalismo e percebeu-se que um palácio tão grande não fazia falta. O plano inicial já não fazia sentido. O Palácio ficou inacabado, o que é perfeitamente visível. D. Maria II e o rei consorte, D. Fernando, privilegiaram o Palácio das Necessidades e a Pena (Sintra). O Palácio da Ajuda ficou secundarizado, servindo apenas para cerimónias de Estado. Esta situação mantém-se com D. Pedro V. Sucedeu, porém uma tragédia que traria a Ajuda para a ribalta. Em 1861, um surto de febre tifóide assola a família real que então residia no Palácio das Necessidades. Pedro V, contaminado pelos irmãos, morre com vinte e poucos anos. Sucede-lhe o irmão D. Luís. Este decide mudar-se para a Ajuda, evitando mais contágios. Aqui nasce o fuuro rei D. Carlos que, no entanto, após o casamento, decide mudar para o Palácio de Belém (um pouco mais abaixo), onde hoje está sedeada a Presidência da República. A Ajuda lá está, com um Museu à espera da vossa visita. Pouco conhecido, retrata todas estas vicicitudes e tem um espólio de artes decorativas excepcional.
25.3.11
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2 comments:
Muito bem!
Sem dúvida
há muito o que ver...
Só é preciso tempo!
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