Estamos na Medina de Fez. Um homem magro e alto de barba
rala entra numa porta esconsa e discreta. Um estreito corredor escuro. Subitamente a casa alarga-se
como por magia. Uma sala vasta. Enorme. Um pé direito duplo, ladeada de uma
colunata com arcos em ferradura. Lá em cima, no telhado, vidros coloridas dão à
sala uma luz caleidoscópica. Mesas postas para o almoço. Bulício de comensais
falando alto e fumando narguilés. Numa mesa
ao fundo, dois homens jovens bebericavam chá de menta em copos de vidro grosso.
Hassan cumprimentou-os e sentou-se. Enrolou calmamente um cigarro fininho e
falou numa dijara cerrada. “Este foi dos trabalhos mais fáceis que
tivemos. Nunca pensei em ganhar tanto dinheiro a gravar aquela mensagem idiota
da “Jihad Ibérica”. Os outros não puderam conter o riso. Hassam passou-lhes
para as mãos dois envelopes com vinte mil euros cada e disse-lhes: “Agora
desapareçam de Fez e separem-se por umas semanas. Se tudo correr bem ainda vamos
ter mais filmes para gravar”.
(Continua)
(Continua)
5 comments:
Só fita !...
aldrabões todos os dias :p
Ótima lustração.
Agora começa o "filme"... :)
bela imagem!
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