Viajar é um vício. Um vício perigoso e pernicioso. O CO2 provoca dependência. Há pessoal que anda aí a circular só para consumir. Aos Domingos é vê-los a inalar em contramão, tal é a pedrada. Em casos desesperados a malta nem sai da garagem. Mete directamente do escape.
O Estado estimula o vício. Constrói auto-estradas. De seguida, aproveita e cobra o imposto automóvel, concessiona gasolineiras... Um verdadeiro "dealer".
Depois, é claro, aparecem os ecologistas que pregam a nova virtude. Há dois tipos de ecologistas.
Os "verdes", fanáticos de sandálias com meias que se esfalfam de bicicleta pelas ladeiras de Lisboa. Passam o dia a apagar interruptores teimosos e à noite consomem baixa potência numa escuridão quase monástica. E os "ecologistas-consultores", de fatinho e gravata, que perdem o tacho no dia em que o buraco de ozono resolver fechar. Pessoal próspero. Vejam o Al Gore cada vez mais ufano e anafado. Quantos quilos de CO2 valerá o homem?
Finalmente temos a "caridade" das vedetas pop que fazem "concertos verdes" usando potência máxima e viajando em jactos particulares sem sequer partilhar o CO2 com a maralha. É caso para dizer "Don't bogart that joint my friend"...
É nexto contexto vicioso e viciado que, nas próximas duas semanas, vos levarei a Miranda do Douro e a Lagos, tentando provar que os extremos se tocam!
jp
2 comments:
Neste contexto iremos de Miranda del Duero a Lagos de carro, de bicicleta, de moto, a penantes?
Não. Iremos de "vício"!
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