24.8.07

NO LUGAR DE PORTO COVO

Não se percebe. Ainda não há uma estátua, nem sequer uma rua com o nome do roqueiro Rui Veloso. Ingratidão!
Foi ele que pôs Porto Covo no mapa, para júbilo de comerciantes e patos-bravos. O negócio sazonal prospera. A construção civil alastra. A maralha vai roendo uma laranja.
jp

9 comments:

Al Kantara said...

Quando morrerem ( daqui a muitos anos ) existirá uma avenida Rui Veloso e uma Alameda Carlos Tê. Se, entretanto, as modas trocarem as voltas à memória que costuma ser curta, pelo menos haverá uma Travessa de Rui Veloso e um Beco Carlos Tê.
Agora, enquanto são vivos, deixa lá o Tenente Valadim brilhar, pois ninguém sabe quem é mas está presente em tudo o que é localidade portuguesa.

Jorge Pinheiro said...

... e o Conde Ferreira?

Al Kantara said...

Mas esse ainda deixou escolas construídas. Agora o outro limitou-se a deixar-se massacrar em África.

Jorge Pinheiro said...

... então e o Cândido dos Reis?

Al Kantara said...

E o Marquês de Pombal ? Ah, não, esse é conhecido...

Anonymous said...

Está o autor convidado a visitar, com os vagares que a investigação sempre exige, Porto Covo fora da época turística.
A população residente, mesmo a de segunda habitação, não é flor que se cheire! Uma mistura de algarvios, minhotos e beirões do litoral, acrescida de uns vagos lisboetas e funcionários públicos reformados, não é melhor do que a de trincadeira, periquita e bastarda.
Ora bem! Mas o céu, e o mar a entrar por aquelas portas todas com as mais improváveis cores, e as lâminas da arriba que,por si só, são um manancial para a fotografia; e a passarada misturada com bois, cavalos, ovelhas e capitaneadas pelas avestruzes, dão um toque especial à costa e à planície.
Sabia o autor que as gralhas fogem, em bando, dos toques de sino que chamam os fiéis à missa, aos Domingos?

Briosa said...

Alguém mencionou o Marquês de Pombal? Mas esse é realmente conhecido no "lugar". Desde a Cervejaria, ao Bar 31, à Pastelaria...todas de frente para o Largo que recebe o seu nome desse Sebastião, cujas únicas "laranjas" que comeu, foram as da Companhia de Jesus, todas têm algo em comum com esse nobiliarca pombalino. Em Porto Côvo, para além do Largo e dos já referidos estabelecimentos comerciais, não há outros traços da passagem do Marquês. Contudo ele existe e é ainda vivo. Esménio de seu nome, proprietário dos referidos estabelecimentos (que explora com uma mestria e qualidade de elogiéveis) e que as gentes da terra apelidam de "Marquês", é uma reputada figura do lugar, que cria postos de trabalho e desenvolve actividades que prestigiam a zona e que constituem um atractivo, mesmo para o turismo de passagem. Viva o "Marquês"!

Anonymous said...

porto covo devia ser conhecido so por aqueles que merecem e que dao valor a este paraiso, nao precisavamos de ser postos no mapa por uma cançao...

Anonymous said...

Sou brasileiro e já estive em Portugal algumas vezes. Não conheço Porto Covo, mas devido a Rui Veloso, estou ansioso para conhecer o lugar.