
Há no nordeste muitos vestígios celtas e muitas povoações que parecem ainda estar na Idade do Ferro. Mas, lamento desiludir os mais folclóricos frequentadores de “pubs” irlandeses: a gaita não foi inventada pelos Celtas. Refiro-me, obviamente, à gaita-de-foles, também conhecida por cornamusa.
A origem é um mistério, podendo até ser egípcia, mas vindo seguramente do Próximo Oriente e sendo, decididamente, anterior a Roma. Depois de uma utilização bucólico-pastoril durante séculos, entrou em declínio a partir da Renascença. Novos instrumentos, novas estéticas musicais fizeram a gaita perder para a concorrência. Os oboés e os clarinetes ganharam!
Pois foi precisamente nessa altura (e só nessa altura) que a gaita chega à Irlanda. A gaita das Highlands foi mantida pelo povo britânico como um “instrumento de guerra” e utilizado pelos batalhões reais, assim sendo disseminada pelo globo, graças ao império britânico.
Acaba assim o mito da gaita, o denominado “mito celta”, directamente ligado à gaita das Highlands, mito que, no entanto, se mantém para efeitos fonográficos e cinematográficos.
Mas, mesmo sem ser celta a gaita é fascinante. O instrumento pertence à categoria dos aerofones. Um ponteiro com um soprete, que serve de válvula mediadora e um reservatório para o ar, um fole, feito de pele de cabra que permite tocar continuamente, de forma mecânica, sem pausa para o músico respirar. Basta apertar o fole com o antebraço. Essencial na gaita é um segundo tubo melódico pelo qual se emite uma nota constante harmónica, o bordão ou ronco.
A gaita é um instrumento modal utilizando, na sua maioria o modo jónio (modo de dó) e mais excepcionalmente os modos mixolídico (em si) ou eólio (em lá).
Pois foi precisamente nessa altura (e só nessa altura) que a gaita chega à Irlanda. A gaita das Highlands foi mantida pelo povo britânico como um “instrumento de guerra” e utilizado pelos batalhões reais, assim sendo disseminada pelo globo, graças ao império britânico.
Acaba assim o mito da gaita, o denominado “mito celta”, directamente ligado à gaita das Highlands, mito que, no entanto, se mantém para efeitos fonográficos e cinematográficos.
Mas, mesmo sem ser celta a gaita é fascinante. O instrumento pertence à categoria dos aerofones. Um ponteiro com um soprete, que serve de válvula mediadora e um reservatório para o ar, um fole, feito de pele de cabra que permite tocar continuamente, de forma mecânica, sem pausa para o músico respirar. Basta apertar o fole com o antebraço. Essencial na gaita é um segundo tubo melódico pelo qual se emite uma nota constante harmónica, o bordão ou ronco.
A gaita é um instrumento modal utilizando, na sua maioria o modo jónio (modo de dó) e mais excepcionalmente os modos mixolídico (em si) ou eólio (em lá).
jp
2 comments:
Olá!
Gosto de musica celta...
Beijocas
Boa semana
MJF: então experimenta ouvir os "Skolvan" da Bretanha (pequena Bretanha)
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