Hoje já não há escravos. As galinhas, porém, invadiram o povoado. A vila está cheia de galináceos esculpidos em grandes troncos de palmeira. Na pousada, os puxadores das portas, os cabides, as xícaras, os pratos, os tapetes, tudo é galinha. Há móveis-galinha; espelhos-galinha; quadros de galinhas em mergulho, no pára-quedas, surfando, dançando o samba… Até o sanduíche tinha um ovo estrelado! Porto de Galinhas, um harém para o nosso galo de Barcelos! Há vinte anos eram 60 casinhas modestas num povoado piscatório. Hoje tem 250 pousadas e 6 resorts… e o Pestana acaba de comprar toda a frente marítima mais a norte, na zona da “Casa do Governador” para fazer um resort de luxo. Porto de Galinhas vai virar capoeira!
* “Peça” ou “peça da Índia” era, desde 1530, um escravo jovem do sexo masculino, de primeira qualidade; todos os outros escravos de ambos os sexos valiam menos do que uma peça. Este termo podia, portanto, incluir 2 ou mesmo 3 indivíduos, consoante a idade, o sexo e a condição física que eram comprados como uma única “peça”. Já agora, será daqui que vem a frase ”saíste-me uma boa peça?!
jp
5 comments:
Adoro Porto de Galinha! E com essas noticias alarmantes, tenho que voltar lá, antes que acabe!
Infelizmente não escalarei lá.
Porque é que quando escreves sobre o Brasil tens que escrever com sotaque? É propositado ou é do entusiasmo?
Eduardo: ainda vai demorar uns 2/3 anos.
João: vai ao Brasil?
Ortega: sem dúvida do entusiasmo!
ORTEGA
Escrever com sotaque brasileiro é tão gostoso ...
Dá a sensação que estou já lá chegando, sabe?
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