Segundo o filósofo e psiquiatra Eric Fromm: “A nossa sociedade ocidental, a despeito do seu progresso material, intelectual e político, conduz cada vez menos à saúde mental, e tende a sabotar a segurança interior, a felicidade, a razão e a capacidade de amor no indivíduo; tende a transformá-lo num autómato que paga o seu fracasso humano com doenças mentais cada vez mais frequentes e desespero oculto sob um frenesi pelo trabalho e pelo chamado prazer”. Mas estes sintomas são nossos amigos. Ajudam-nos a diagnosticar um conflito que ainda existe dentro de nós. As vítimas perdidas da doença mental estão entre os que parecem mais normais. “Muitos daqueles que são “normais”, são-no porque se encontram tão bem adaptados ao nosso modo de existência, porque as suas vozes foram reduzidas ao silêncio tão cedo em suas vidas, que nem lutam, ou sofrem, ou exibem sintomas como os neuróticos”!
Estes são os normais relativamente a uma sociedade profundamente anormal. Pessoas anormalmente normais que vivem sem protestar numa sociedade de valores deturpados e que não tende para a felicidade. Se fossem plena e saudavelmente humanos não deviam estar adaptados. Eles foram des-individualizados. Estão a evoluir para uma uniformidade. Mas uniformidade e liberdade não são compatíveis. Qualquer cultura que pretenda, seja porque razão for, padronizar o homem, comete um ultraje contra a natureza humana.
A Ciência pode definir-se como a redução da multiplicidade à unidade. Ignora a particularidade. Concentra-se sobre o que os vários eventos têm em comum e, finalmente, entra na abstracção, criando uma “lei”. Este impulso para impor uma ordem e uma harmonia a partir do aparente caos e da multiplicidade é uma espécie de instinto intelectual e que por vezes levam a construções filosóficas apressadas e absurdas que podem ser nocivas, indirectamente, se usadas como justificação para acções perniciosas. Mas é no âmbito da política e da economia que a “Vontade de Ordem” pode ser muito perigosa. Facilmente caímos na uniformidade sub-humana e passamos da liberdade à servidão. Daí a um sistema totalitário é um pequeno passo!
Estes são os normais relativamente a uma sociedade profundamente anormal. Pessoas anormalmente normais que vivem sem protestar numa sociedade de valores deturpados e que não tende para a felicidade. Se fossem plena e saudavelmente humanos não deviam estar adaptados. Eles foram des-individualizados. Estão a evoluir para uma uniformidade. Mas uniformidade e liberdade não são compatíveis. Qualquer cultura que pretenda, seja porque razão for, padronizar o homem, comete um ultraje contra a natureza humana.
A Ciência pode definir-se como a redução da multiplicidade à unidade. Ignora a particularidade. Concentra-se sobre o que os vários eventos têm em comum e, finalmente, entra na abstracção, criando uma “lei”. Este impulso para impor uma ordem e uma harmonia a partir do aparente caos e da multiplicidade é uma espécie de instinto intelectual e que por vezes levam a construções filosóficas apressadas e absurdas que podem ser nocivas, indirectamente, se usadas como justificação para acções perniciosas. Mas é no âmbito da política e da economia que a “Vontade de Ordem” pode ser muito perigosa. Facilmente caímos na uniformidade sub-humana e passamos da liberdade à servidão. Daí a um sistema totalitário é um pequeno passo!
jp
6 comments:
Boa divagação sobre a normalidade ou não, do ser humano, e suas funestas consequencias. Ou não! rsrsrs
Jorge, admirável tema. Estamos todos ficando neuróticos de alguma forma, aceitando a violência, a falsa política, o desamor, a falta de integração com o coletivo, a falta de perspectiva com o futuro, e assim a lista vai passando por nossos olhos, como a psicose daquele que foge de sua realidade.
bjs.
JU
Eduardo: Uma verdadeira divagação incnclusiva, como seria de esperar.
Ju: eu tb.acho. Como sair disto?
Se não vai a bem vai com barbitúricos
pois é, Claire. Barby quê?
Desenhem....
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