11.2.09

MUSEU MILITAR DE LISBOA


Situado na parte oriental da cidade, fora as muralhas fernandinas, surge, no tempo de D. Manuel I, um conjunto de edificações denominadas "Tercenas das Portas da Cruz" (nome da porta de saída das muralhas, no lado oriental de Lisboa). Aqui se iniciou a fundição de artilharia e o fabrico de pólvora, usadas com enorme êxito nas Descobertas, em especial no domínio do Índico, pois, como se sabe, na época as embarcações árabes não possuíam artilharia. As oficinas de artilharia ficavam no piso térreo - a Fundição de Baixo. A partir de 1640 é criada aqui a "Tenência" com o objectivo de garantir o armamento nacional, no contexto da guerra da Restauração contra Castela. Funcionava no andar por cima da Fundição. Em 1726 um incêndio que durou 8 dias destruíu grande parte as construções. D. João V manda reconstruir, mas ainda com a obra inacabada sobrevem o terramoto de 1755, com novas e importantes danificações. É o Marquês de Pombal que manda acabar a reedificação, a cargo do francês Ferdinand de Chegaray. Em 1851 passa oficialmente a Museu da Artilharia e em 1926 a denominação é alterada para Museu Militar. Fica perto da Estação de Comboios de Santa Apolónia. Por cima o típico bairro de Alfama.

4 comments:

jugioli said...

Anotei!!!!
Adoro essa estação, mas nunca foi neste museu.

JU

João Menéres said...

Que vergonha...
Estive um ano em Lisboa e não conheço este MM.
(Também na altura era novo e os meus interesses eram bem outros...).
Depois, depois...nunca mais calhou, nem sabia.
E eu que gosto tanto de paineis azulejados!
É permitido fotografar?

Jorge Pinheiro said...

João: eu fotografei nas calmas, mas também estava com o Director do Museu...
Ju: vale a pena ir. Nem que seja por este pátio. E as fachadas são lindíssias.

João Menéres said...

Obrigado.
Como fica ali à mão de quem vai no pendular, pode ser um dia...