FREIXO DE NUMÃO - CASTELO

A ocupação remonta ao neolítico. Mais tarde existiu um castro dos Lusitanos que foi romanizado. A fortificação inicial remonta ao período muçulmano (séc. VIII). Ainda se pode ver o Cemitério dos Mouros, com 10 necrópoles antropomórficas. Na época da reconquista esta zona pertencia a D. Chamoa Rodrigues que a doou através da sua tia, a condessa Mumadona Dias, ao Mosteiro de Guimarães (960). Retomado pelos muçulmanos durante as invasões de Almansor (1000), é reconquistado por Fernando Magno, de Leão, em 1055. Com a independência de Portugal, D. Afonso Hernriques faz doacção a Fernão Mendes de Bragança que concedeu foral à povoação, com o nome de Civitate Noman e promoveu a reedificação do Castelo que estava uma lástima (1130). Sob o reinado de D. Duarte foi aqui estabelecido um couto de homiziados (1436), o que é bem revelador da dificuldade de povoamento (homoziados são fugidos à justiça). Ao tempo de D. Manuel recebeu novo foral, para variar. Tinha então 15 fogos intramuros e 41 nos arredores! O castelo, que tinha passado para as mãos do Condes de Marialva (família Coutinho) em 1373, viu a sua decadência agravada com extinção dessa família por falta de descendentes a partir de 1534. A povoação muda então para o sopé do monte e deixa o castelo em ruína progressiva. As várias obras de recuperação feitas já no séc. XX, não são suficientes. O castelo está maltratado, mas, apesar de tudo, imponente na sua idade milenar. É um castelo roqueiro, isto é, acompanha a rocha onde está assente, com planta oval, ocupando uma área de 336 hectares, a 677 metros de altitude. Inicialmente com 15 torres e actualmente com seis, tem quatro portas. Junto à Porta Principal podem ver-se as ruínas da Igreja de Santa Maria do Castelo. Numão, um local fora dos circuitos normais de turismo e de uma beleza quase mística. A não perder!

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