18.3.09

TEMPLÁRIOS REVISITADOS - BREVE ENQUADRAMENTO DA ORDEM

E a verdade quanto aos Templários não é fácil. Há muitas teses, muitas interpretações, muitas lendas e enigmas, muita vontade de acreditar e alguma invenção…
Do pouco que li, confesso, fiquei confuso, o que já não é mau, para começar! Como esta parte é, apenas, um “breve” enquadramento e para não ficarem ainda mais confusos do que eu, vou evitar entrar pelas teses e interpretações mais arrojadas, sob pena de acabar num beco sem saída ou, numa encruzilhada de caminhos infinitos.
Assim, vou fazer uma abordagem histórica, necessariamente mitigada com alguns aspectos da “ideologia” Templária. Vou salientar, apenas, os que mais me impressionaram, tendo consciência de que corro o risco de poder falhar no essencial ou ter cometido erros de interpretação ou de omissão. Mas, também, a verdade é que não sou Templário!

NASCIMENTO DA ORDEM
Jerusalém fora tomada em 1099. Em 1118, é fundada a Ordem dos Templários pelos cavaleiros Hugues de Payens e Geoffroy de Saint-Omer, aos quais se juntaram logo de seguida, mais sete cavaleiros.
A “missão oficial” da Ordem era proteger os caminhos que levavam a Jerusalém e os próprios Lugares Santos.
O seu verdadeiro objectivo seria, porém, a restauração do culto secreto do cristianismo primitivo. A versão verdadeira da história de Jesus teria sido revelada a Hugues de Payens pelo Grande Pontífice da Ordem do Templo (da confraria nazarena ou Joanita), chamado Teocletes e que seria o 67º sucessor do Apóstolo João.
A liberdade de pensamento intelectual e a restauração da religião universal; a criação do “Homo Novus” e a defesa da “Jerusalém Celeste”, seriam o objectivo último e secreto da Ordem.
Nesse sentido, seguiam os ensinamentos dos seus “chefes” do Oriente: os vinte cónegos do Santo Sepulcro (de que fazia parte Teocletes), estabelecidos em Jerusalém logo após a conquista cristã da Terra Santa e que seriam os depositários dos conhecimentos essénios.
Só assim se explica que os Templários tenham sido apenas nove, durante os nove anos seguintes. Só assim se explica que tenham permanecido no perímetro das ruínas do Templo de Salomão (que entretanto lhes fora entregue). Será que nove cavaleiros protegiam alguma coisa? Porque não se ouve falar deles nos inúmeros combates que então se realizavam em toda a Palestina? Esta missão de “polícia das estradas” não seria apenas um disfarce para uma missão que deveria permanecer secreta?
Vários factores vão neste último sentido…
(todas as 2ª, 4ª e 6ª feiras)
jp

3 comments:

Al Kantara said...

Assim uma espécie de maçónicos disfarçados de GNR ?...

Lília Abreu said...

Noutro estado de espírito, talvez venha a gostar de ler os templários... agora ñ. Gosto mais dos sarcasmos, humor irónico, rs
Mas, tb está um tempo tão lindo para ventos de mudança, rs
Abraço amigo!

Maria Augusta said...

O pouco que sei a respeito também é confuso, às vezes eles são descritos como portadores duma missão transcedental, às vezes como guerreiros. Esta tua série esta trazendo novos elementos para tentar entender, esta muito boa.
Abraços.