20.3.09

TEMPLÁRIOS REVISITADOS - BREVE ENQUADRAMENTO DA ORDEM

NASCIMENTO DA ORDEM (CONT.)
A tentativa de reunificação religioso-espiritual ao nível planetário tem por base a “Grande Tradição Arquétipa” universal. Arquétipos são “ideias”. A “ideia” de fusão espiritual do mundo está presente em todas as civilizações e culturas estudadas pela História. “Para cada religião o seu mensageiro”, dizia Maomé! São os Avatares, “mensageiros divinos”, fundadores de religiões, arquétipos ou ideias. Cristo foi avatar no Ocidente; Buda, no Oriente.
A abordagem das origens desta “Grande Tradição Arquétipa” levar-nos-ia muito longe. Teríamos de passar pelos Egípcios, pelos Indo-Europeus, pelos Celtas e o seu culto druídico, pelos Atlantes (?) e acabaríamos por ir parar ao Xamanismo, esse Fundo Comum Universal com mais de 60.000 anos e que ainda hoje persiste em todos os continentes, nas sub-culturas indígenas; finalmente, chegaríamos aos extra-terrestres. Não me sinto qualificado para tanto.

Voltemos, por isso, aos nossos cavaleiros.
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo (como foi inicialmente denominada), criada em 1118, com a benção do Patriarca de Jerusalém, só em 1128, no Concílio de Troyes, recebe o nome de Ordem do Templo ou do Templo de Salomão e é canonicamente aprovada a sua regra (a denominada “regra latina”), isto sob o “alto patrocínio” de São Bernardo de Claraval, monge de Cister.
Provavelmente, a alteração do nome da Ordem provém do facto de, entretanto, lhe terem sido doados os terrenos onde se situava o Templo de Salomão (voltaremos a este tema e às suas implicações esotéricas). Embora persistam inúmeras dúvidas, Hugues de Payens, fundador e primeiro Grão-Mestre da Ordem, seria originário do condado de Champagne, no Sul de França; faria mesmo parte da casa do Conde e seria primo de São Bernardo.
A origem dos restantes oito cavaleiros seria provavelmente francesa e flamenga, com uma única excepção: o cavaleiro Gondomar (ou Gondemar), de seu nome Arnaldo Rocha, seria do Condado Portucalense (não nos esqueçamos de que a origem do Conde D. Henrique era a Borgonha).
A reforçar a tese de os Templários não estarem, nesta fase, muito interessados em lutar, está o facto de não terem querido, deliberadamente, aumentar a sua pequena hoste. Recusaram toda e qualquer companhia, com uma única excepção: por volta de 1125, junta-se-lhes o conde Hugues de Champagne, filho de Thibault de Blois, um senhor cujo condado era mais vasto do que o domínio real.
A chegada de Hugues de Champagne talvez nos possa esclarecer este mistério...
(continua à 2ª, 4ª e 6ª feiras)
jp

1 comment:

Maria Augusta said...

Quando penso que agora avatar virou um personagem virtual na Second Life...não sabia que o verdadeiro significado é "emissário divino".
Não sabia também que Arnaldo Rocha realmente existiu e foi um templário. No entanto, recentemente lendo sobre o Padre Vieira, ouvi falar sobre o "Quinto Império"...
Continuo a seguir atentamente a tese sobre a motivação dos Templários.
Abraços.