27.4.09

TEMPLÁRIOS REVISITADOS - BREVE ENQUADRAMENTO DA ORDEM

GNÓSTICOS E ESSÉNIOS
Se houve cerimónias secretas na Ordem, a que doutrina(s) há que ligá-las?
A primeira influência a ressaltar é a gnóstica.
Na Parte I, já falámos destas doutrinas: a “gnose” era a tentativa de conhecimento integral do mundo e dos princípios que o regem. Uma doutrina forjada a partir de um fundo comum, vindo dos mitos gregos, egípcios e até babilónios.
O corpo era, para eles, a prisão da alma, mas pela provas sofridas e ultrapassadas através das vidas sucessivas, cada Ser poderia esperar reintegrar um estado primordial.
O gnosticismo inspirou quase todas as “heresias” da Idade Média.

Uma outra influência importante, terá sido a dos Essénios, de quem também já falámos na Parte I. As principais crenças dos Essénios são-nos relatadas nos “manuscritos do mar Morto”, descobertos em Qumran. A sua doutrina baseava-se em livros que remontavam a Moisés (o que nos reporta à Arca da Aliança). Diziam-se “filhos da luz” e julgavam levar a cabo uma luta contra as trevas: o corpo é mau; não foi Deus que o criou, mas o Demiurgo (divindade secundária que reinava sobre as forças do mal) e que aprisionou as almas na matéria. Os Essénios, segundo Plínio, “formavam uma nação sem mulheres, sem amor, sem dinheiro”. Este último ponto não teria dado muito jeito aos Templários…
A influência dos Essénios na Palestina era grande. São João Baptista foi um deles e foi um dos santos mais amados pelos Templários, como veremos à frente. Alguns defendem que Cristo era Essénio ou “Nazareno”, uma confraria ligada aos Essénios.
É muito natural que os Templários tenham absorvido restos dessas crenças na Palestina, reforçadas pelas sobrevivências gnósticas particularmente vivas na Grécia, Constantinopla e Alexandria.
jp

2 comments:

Maria Augusta said...

Estamos entrando na alma do assunto...

Jorge Pinheiro said...

Nem queira saber o que aái vem...