HAXIXINHassan as-Sabah instala-se na inexpugnável fortaleza de Alamute donde irradiaria o seu poder e passa a ser conhecido por “Skeyk al-Djebball”, o “senhor da montanha”, título que os seus sucessores herdarão.
Em pouco tempo todas as cidadelas da região foram tomadas e o ismaelismo alastrou, fazendo ressurgir doutrinas do velho Irão e aliciando as populações com o ímpeto nacionalista contra a ortodoxia sunita.
A vida em Alamute era de grande austeridade e rigor. Os monges-guerreiros vestiam também a túnica branca e o cinto vermelho.
Hassan elaborara para eles um ensinamento iniciático que comportava sete estádios (para alguns autores seriam nove), o último dos quais era ilustrado pela frase “nada é verdadeiro, tudo é permitido”. Lançou as bases de uma cavalaria espiritual, com os seus ritos e mitos próprios (a busca da Ilha Verde, por exemplo, muito semelhante às lendas celtas). Alamute aparece como a prefiguração da cidade celeste e é, antes de mais, um centro de formação filosófica, teológica e científica, com uma das bibliotecas mais importantes do Islão (destruída pelos Mongóis). Os “assassinos”, tal como os sufis, eram detentores do esoterismo muçulmano. A palavra “assassine” significa guardião (aliás, curiosamente, há autores que consideram a lenda de Graal de origem iraniana).
Já vimos também, na Parte I, o tipo de actuação dos “assassinos” e a forma como eles contribuíram para a instabilização dos reinos muçulmanos. Esta política teve êxito e era do agrado dos Templários, igualmente interessados, embora por outras razões, na divisão do mundo árabe. Haveria, assim, certamente uma espécie de aliança tácita entre ambas as ordens.
Mas houve mais do que isso: houve contactos e ajudas mútuas… e o mais curioso é que os “assasssinos” pagavam um tributo aos Templários, como se fossem seus vassalos (três mil peças de ouro ou dois mil ducados). Porquê? Seria uma forma de estar em paz com a Ordem do Templo, o que significaria que os “assassinos” a temiam? Não sabemos. Sabemos, no entanto, que os “assassinos” tentaram várias vezes acabar com o tributo, sem o conseguirem.
É inegável que os Templários terão descoberto na ética cavalheiresca oriental pontos comuns com a sua própria demanda e que podem ter trazido para a Ordem conhecimentos iniciáticos dos “assassinos”. No entanto, dizer, como fazem alguns, que os Templários eram “alunos” dos assassinos, não parece crível, face ao tributo de vassalagem que lhes era pago pela seita.
Outros cultos terão influenciado os Templários no Oriente. Cito apenas dois, sem os desenvolver: os Druzos (religião iniciática, fundada pelo califa do Egipto, Hakem, entre 996 e 1021) e a religião dos Yézidis, da zona dos Curdos (de forte tradição dualista, concediam, no entanto, a superioridade ao princípio do mal sobre o bem; acreditavam na existência de sete torres, as “Torres do Diabo”, centros de projecção das influências satânicas no mundo).
Ambas estas “religiões” estão relacionadas com o culto do bezerro de ouro, de que os Templários também foram acusados…
De tudo isto, ressaltam dois aspectos: Primeiro, que terão, efectivamente, aprendido os Templários em contacto com estes cultos? Segundo, parece ser evidente que, independentemente da profundidade da implantação destes cultos nos rituais Templários, tudo nos faz pensar que, em muitos casos, eles “brincaram com o fogo”.
Em pouco tempo todas as cidadelas da região foram tomadas e o ismaelismo alastrou, fazendo ressurgir doutrinas do velho Irão e aliciando as populações com o ímpeto nacionalista contra a ortodoxia sunita.
A vida em Alamute era de grande austeridade e rigor. Os monges-guerreiros vestiam também a túnica branca e o cinto vermelho.
Hassan elaborara para eles um ensinamento iniciático que comportava sete estádios (para alguns autores seriam nove), o último dos quais era ilustrado pela frase “nada é verdadeiro, tudo é permitido”. Lançou as bases de uma cavalaria espiritual, com os seus ritos e mitos próprios (a busca da Ilha Verde, por exemplo, muito semelhante às lendas celtas). Alamute aparece como a prefiguração da cidade celeste e é, antes de mais, um centro de formação filosófica, teológica e científica, com uma das bibliotecas mais importantes do Islão (destruída pelos Mongóis). Os “assassinos”, tal como os sufis, eram detentores do esoterismo muçulmano. A palavra “assassine” significa guardião (aliás, curiosamente, há autores que consideram a lenda de Graal de origem iraniana).
Já vimos também, na Parte I, o tipo de actuação dos “assassinos” e a forma como eles contribuíram para a instabilização dos reinos muçulmanos. Esta política teve êxito e era do agrado dos Templários, igualmente interessados, embora por outras razões, na divisão do mundo árabe. Haveria, assim, certamente uma espécie de aliança tácita entre ambas as ordens.
Mas houve mais do que isso: houve contactos e ajudas mútuas… e o mais curioso é que os “assasssinos” pagavam um tributo aos Templários, como se fossem seus vassalos (três mil peças de ouro ou dois mil ducados). Porquê? Seria uma forma de estar em paz com a Ordem do Templo, o que significaria que os “assassinos” a temiam? Não sabemos. Sabemos, no entanto, que os “assassinos” tentaram várias vezes acabar com o tributo, sem o conseguirem.
É inegável que os Templários terão descoberto na ética cavalheiresca oriental pontos comuns com a sua própria demanda e que podem ter trazido para a Ordem conhecimentos iniciáticos dos “assassinos”. No entanto, dizer, como fazem alguns, que os Templários eram “alunos” dos assassinos, não parece crível, face ao tributo de vassalagem que lhes era pago pela seita.
Outros cultos terão influenciado os Templários no Oriente. Cito apenas dois, sem os desenvolver: os Druzos (religião iniciática, fundada pelo califa do Egipto, Hakem, entre 996 e 1021) e a religião dos Yézidis, da zona dos Curdos (de forte tradição dualista, concediam, no entanto, a superioridade ao princípio do mal sobre o bem; acreditavam na existência de sete torres, as “Torres do Diabo”, centros de projecção das influências satânicas no mundo).
Ambas estas “religiões” estão relacionadas com o culto do bezerro de ouro, de que os Templários também foram acusados…
De tudo isto, ressaltam dois aspectos: Primeiro, que terão, efectivamente, aprendido os Templários em contacto com estes cultos? Segundo, parece ser evidente que, independentemente da profundidade da implantação destes cultos nos rituais Templários, tudo nos faz pensar que, em muitos casos, eles “brincaram com o fogo”.
jp
5 comments:
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Os povos guerreiam entre eles mas se influenciam apesar de tudo, principalmente os que guardam sempre a mente aberta. Mas isto nem sempre é isento de perigos, como você salientou...
É isso. Aqui há uma conjugação fatal. Esta história de se reconduzir a guerra a algo de divino é extremanmente perigoso, por mais explicações que haja. Justificações para matar!
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