Acresce a tudo isto que Filipe não tinha sido admitido na Ordem, na qualidade de membro honorário, tendo solicitado em seguida, igualmente sem êxito, o ingresso do seu segundo filho. Podemos facilmente imaginar a grande humilhação que esta recusa terá constituído para o rei.
Todos estes factores levaram ao inexorável processo de acusações que desencadeou contra a Ordem.
Por outro lado, as relações de Filipe com o papado não eram as melhores. O conflito com Bonifácio VIII era aberto. Após a morte deste, sucedeu-lhe Bento XI, também contestatário de Filipe, que chegou a ameaçar com a excomunhão. O novo papa morreu envenenado… Finalmente, foi eleito Clemente V, ex-arcebispo de Bordéus, que devia a eleição a Filipe, o qual tinha agora um "lacaio" no poder pontificial.
É provável que Clemente V tenha sido posto, muito cedo, ao corrente da iniciativa contra os Templários. Talvez isso justificasse que tivesse ainda feito mais uma tentativa falhada para a fusão das duas ordens; talvez tenha até prevenido Jacques de Molay dos perigos que rondavam o Templo… É, aliás, à luz desta advertência, que se pode justificar o pedido do Grão-Mestre, no sentido de ser desencadeada uma investigação à Ordem, o que não viria a ser suficiente.
A motivação existia e a armadilha estava montada. Filipe executou-a com terrível eficácia, mas sem grandes resultados financeiros para si.
Na madrugada de 13 de Outubro de 1307, as tropas dirigiram-se a todas, ou quase todas, as casas francesas da Ordem e prenderam os Templários.
É evidente que houve casos de resistência; é evidente que houve fugas; mas a verdade é que não houve resistência organizada, quando parece óbvio que os Templários não poderiam deixar de saber o que se ia passar. Estranho! Estranho é, também, quase nada se ter encontrado nas comendas…
Mais: quando Jacques de Molay é preso, na sua residência da Torre do Templo, Filipe instala-se imediatamente lá. O que procura? O tesouro? O certo é que nada encontra: nem o tesouro da Ordem, nem o tesouro pessoal do Grão-Mestre, que, segundo testemunhas, teriam saído na véspera em carroças disfarçadas com palha… Novamente estranho! Também não surgem quaisquer documentos secretos, que teriam sido destruídos dias antes pelo Grão-Mestre.
Seguiram-se os libelos acusatórios e um processo verdadeiramente kafkiano. Todos os rituais gnósticos e iniciáticos da Ordem, que já descrevemos, foram usados contra eles, desde o beijo da cerimónia de recepção, à negação de Cristo, aos baphomets, à contemporização com o Islão, etc., etc….
Todos estes factores levaram ao inexorável processo de acusações que desencadeou contra a Ordem.
Por outro lado, as relações de Filipe com o papado não eram as melhores. O conflito com Bonifácio VIII era aberto. Após a morte deste, sucedeu-lhe Bento XI, também contestatário de Filipe, que chegou a ameaçar com a excomunhão. O novo papa morreu envenenado… Finalmente, foi eleito Clemente V, ex-arcebispo de Bordéus, que devia a eleição a Filipe, o qual tinha agora um "lacaio" no poder pontificial.
É provável que Clemente V tenha sido posto, muito cedo, ao corrente da iniciativa contra os Templários. Talvez isso justificasse que tivesse ainda feito mais uma tentativa falhada para a fusão das duas ordens; talvez tenha até prevenido Jacques de Molay dos perigos que rondavam o Templo… É, aliás, à luz desta advertência, que se pode justificar o pedido do Grão-Mestre, no sentido de ser desencadeada uma investigação à Ordem, o que não viria a ser suficiente.
A motivação existia e a armadilha estava montada. Filipe executou-a com terrível eficácia, mas sem grandes resultados financeiros para si.
Na madrugada de 13 de Outubro de 1307, as tropas dirigiram-se a todas, ou quase todas, as casas francesas da Ordem e prenderam os Templários.
É evidente que houve casos de resistência; é evidente que houve fugas; mas a verdade é que não houve resistência organizada, quando parece óbvio que os Templários não poderiam deixar de saber o que se ia passar. Estranho! Estranho é, também, quase nada se ter encontrado nas comendas…
Mais: quando Jacques de Molay é preso, na sua residência da Torre do Templo, Filipe instala-se imediatamente lá. O que procura? O tesouro? O certo é que nada encontra: nem o tesouro da Ordem, nem o tesouro pessoal do Grão-Mestre, que, segundo testemunhas, teriam saído na véspera em carroças disfarçadas com palha… Novamente estranho! Também não surgem quaisquer documentos secretos, que teriam sido destruídos dias antes pelo Grão-Mestre.
Seguiram-se os libelos acusatórios e um processo verdadeiramente kafkiano. Todos os rituais gnósticos e iniciáticos da Ordem, que já descrevemos, foram usados contra eles, desde o beijo da cerimónia de recepção, à negação de Cristo, aos baphomets, à contemporização com o Islão, etc., etc….
jp
2 comments:
Sem dúvida, a principal motivação de Filipe era o dinheiro dos Templários e o medo de perder o poder. Pelo menos o tesouro ele não teve...
E o poder durou pouco e para nada serviu...
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