1.7.09

TEMPLÁRIOS REVISITADOS - BREVE ENQUADRAMENTO DA ORDEM

ANTES DA NACIONALIDADE (CONT.)
De facto, Portugal não é o resultado de condições geográficas específicas. Não é uma ilha, não é o renascer de uma etnia: é, antes, a fusão de muitas.
Assim, é mais que defensável que tenha sido uma elite política a construir a nação, que, curiosamente, foi a que mais cedo, na Europa, demarcou as suas fronteiras definitivas. Nesta elite, os Templários tiveram enorme influência.
Aparentemente existia já, na zona de Portucale, um sentimento de “identidade nacional” que, desde os tempos do conde Vímara Peres (séc. IX), se vinha manifestando, quer contra a Galiza, quer, principalmente, contra Castela.
Como todos sabemos, após a morte de D. Henrique, D. Teresa envolveu-se com o conde galego Peres de Trava e com os interesses que a sua poderosa família representava, pondo em perigo este sentimento nacionalista, bem como, obviamente, os interesses dos barões “portugueses”.
Afonso Henriques vai romper esta aliança: passando por cima da autoridade da mãe e sabendo rodear-se dessa elite política, teve a clara noção de que estava a criar um país.
Imagem: estátua de Vimara Peres no Porto.
jp

2 comments:

Maria Augusta said...

Realmente, contrariamente à França, cujas fronteiras mudaram até no século XX, Portugal criou logo cedo sua identidade nacional.

Teresa Diniz said...

Como sei que se interessa pelas questões do património, aqui fica um convite para passar no meu blogue e aceitar um desafio.