Veja-se a trapalhada. Em 1454, morre o enérgico e violento Muhammad IX, que designa sucessor Muhammad XI. Os “Abencerragens” não concordam e encontram outro candidato, Abu Nasr Sad. O reino fica dividido em dois: para Muhammad XI (El Chiquito), Granada, Málaga, Guadix e Gibraltar; para Abu Sad, Archidona e Ronda. Depois, na sequência de vários ataques relativamente bem sucedidos de Henrique IV, de Castela, à “vega” de Granada, Abu Sad consegue retirar a Alhambra a Muhammad XI, que fugiu. Mas a submissão abjecta de Abu Sad às exigências castellanas leva à revolta na cidade. Volta Muhammad XI, mas deixa-se cair numa emboscada. Foi degolado numa das salas que dá para o Pátio dos Leões e os seus filhos sufocados, por causa das tosses.
Abu Sad, agora único monarca, ordena a chacina dos “Abencerragens”, durante um banquete…, eles que o tinham apoiado. Ainda se queixam dos actuais acordos parlamentares e das moções de confiança. Safa!
Mas, a chacina não foi completa e alguns abencerragens sobreviventes refugiam-se em Málaga e a irrequietude continua, para gáudio dos castelhanos. Em 1464, Sad é deposto pelo filho, Abu l-Hassan Ali, obviamente com a ajuda dos “Abencerragens”!
Este Hassan Ali, conhecido dos cristãos por Mulei Hacém, passou muitos anos na corte castelhana. Pior, resolve apaixonar-se por um jovem escravo ex-cristão Thuraya, o que muitas invejas despertou (devia ser um escravo extraordinário, para ser preferido a um harém inteiro e ainda despertar ciúmes!). Ainda hoje se associa Muley “aos que gostam de jovens”!
Mas, durante todo este período, as rivalidades entre os próprios cristãos e a vitalidade remanescente de Granada mantiveram o reino, mesmo já depois de Isabel, a "Católica", ter subido ao trono de Castela (1474). Era um jogo de “toca e foge”: condes e barões tresmalhados invadiam terras e povoados aos gritos de “mata mouros”, para satisfazer o ego de cruzado frustrado; tropas granadinas retomavam paulatinamente as terras temporariamente ocupadas e, por vezes, reconquistavam fortalezas há muito perdidas, como Zahara, a última a ser reconquistada.
Abu Sad, agora único monarca, ordena a chacina dos “Abencerragens”, durante um banquete…, eles que o tinham apoiado. Ainda se queixam dos actuais acordos parlamentares e das moções de confiança. Safa!
Mas, a chacina não foi completa e alguns abencerragens sobreviventes refugiam-se em Málaga e a irrequietude continua, para gáudio dos castelhanos. Em 1464, Sad é deposto pelo filho, Abu l-Hassan Ali, obviamente com a ajuda dos “Abencerragens”!
Este Hassan Ali, conhecido dos cristãos por Mulei Hacém, passou muitos anos na corte castelhana. Pior, resolve apaixonar-se por um jovem escravo ex-cristão Thuraya, o que muitas invejas despertou (devia ser um escravo extraordinário, para ser preferido a um harém inteiro e ainda despertar ciúmes!). Ainda hoje se associa Muley “aos que gostam de jovens”!
Mas, durante todo este período, as rivalidades entre os próprios cristãos e a vitalidade remanescente de Granada mantiveram o reino, mesmo já depois de Isabel, a "Católica", ter subido ao trono de Castela (1474). Era um jogo de “toca e foge”: condes e barões tresmalhados invadiam terras e povoados aos gritos de “mata mouros”, para satisfazer o ego de cruzado frustrado; tropas granadinas retomavam paulatinamente as terras temporariamente ocupadas e, por vezes, reconquistavam fortalezas há muito perdidas, como Zahara, a última a ser reconquistada.
Na imagem o Partal, no interior da Alhambra.
(a continuar)
2 comments:
Este Hassan Ali deve ser o que olha para trás e chora...
Jorge, logo vc chega lá,
estou certa?
Aguardo
:)
Não, esse é o Boabdil. Já aí vem.
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