Com os seus 8,5 milhões de quilómetros quadrados, o Brasil corresponde a 41,5% da América Latina, sendo a quinta maior formação política do mundo. Esta dimensão descomunal não resulta de factores ou acidentes naturais, nem de unidades políticas já existentes antes de 1500. Ela decorre da colonização litoral dos portugueses e da penetração progressiva para o sertão, envolvendo a conquista de território pertencentes a grupos ameríndios e da gradual anexação de terras correspondentes a 2/3 da actual superfície do Brasil (cerca de 5 milhões de quilómetros quadrados) que, segundo o Tratado de Tordesilhas, pertenciam de jure à América Espanhola.
A soberania sobre o Brasil e a demarcação de fronteiras despoletou vários conflitos ao longo dos séculos entre Portugal e a França, a Espanha, a Holanda e a Inglaterra, no período de colonização e, já depois da independência, entre o Brasil e a França (disputa sobre o Amapá), a Bolívia (posse do Acre), a Argentina, o Uruguai e o Paraguai (relacionada com o Rio da Prata e territórios adjacentes).
O Brasil situa-se em 90% do seu território na zona tropical (entre o Equador e o Trópico de Capricórnio). Sendo um país de altitudes médias relativamente baixas, o seu ponto mais alto é o Pico da Bandeira (2899m), na serra de Caparaó (na divisória entre Minas Gerais e Espírito Santo). No território brasílico situa-se a mais vasta rede hidrográfica do mundo, dividida em nove bacias, sem do de destacar a bacia do Amazonas (cerca 4 milhões de quilómetros quadrados), na zona equatorial.
É sobre este colosso mundial que vamos, a partir de hoje, iniciar uma série dedicada à sua formação, a partir de fontes diversas que serão indicadas no final. Nem todas as teses vão ser pacíficas, algumas mesmo nada pacíficas...
15 comments:
Olá,Jorge,sobre esse colosso, há muito o que dizer.
Abastecemos muitas coroas com ouro, madeira, e outras riquezas naturais, aprendendos coisas que não deviamos, usamos pessoas como animais,não tivemos educação como deveriamos ter, essas são coisas que poucos gostam de saber e ouvir.
Mas conte-nos sua versão.
Abs.
Fernando: é isso que vou tentar fazer. Obrigado pela confiança. Sei que pode ser uma tema "quente". Por isso mesmo resolvi ir para a frente.
É assim que eu gosto Jorge!
:))
beijo
Gostei da iniciativa! É interessante saber a versão portuguesa dos fatos! Vou acompanhar!
Agora vamos conhecer mais sobre o
colosso!
Apesar de todos os pesares, é um
lindo país, um pouco grande demais digamos.
Difícil de ser administrado!
Fique a vontade!
Um beijo!
Obrigado a todos pelo incentivo.
Não é vulgar o Expresso rejeitar comentários. O tema parece de facto "quente". Mas só parece. Na realidade não o é. Não há evoluções ideais, tudo no mundo decorre do velho princípio da tentativa e erro, não há almoços grátis, quem mais depressa chega à mesa mais depressa come, etc.
Não conheço a versão portuguesa, ou brasileira, ou holandesa, ou inglesa, ou índia, dos factos. Conhecemos os factos, as pessoas e o tempo. Se apreciamos a vida como um todo, parece ser isso o que interessa.
E se algo interessa é o resultado, hoje. E o que se quer, o que se sabe e o que se pode fazer, agora e amanhã.
Expresse apenas factos, Jorge, não se deixe enredar na versão, cabotina, da apreciação pessoal ou de grupo.
Quando a borboleta bate as asas (e há as que bateram há muito mais tempo, ou com melhores meios e piores resultados), as boas e sábias intenções são apenas isso: incidentes de percurso.
E, sem incidentes de percurso, suspeito, que nem o reino dos céus...
Antonião
Antonião: o Expresso não se deixa enredar por nada. Faço exclusivamente o que me apetece. Este blogue é meu.
De qq forma, Antonião, agradeço as preocupações manifestadas. Com certeza que vou falar do que todos já ouviram e sabem, tentando o meu toque pessoal. O resto é com os comentadores.
Brasil, meu brasil brasileiro!
assunto palpitante.
gosto e aguardo.
Vamos a isso. Vai ser devagar...
Oi Jorge,
vou adorar acompanhar esta série de postagens do seu Expresso.
Beijos!
Caro Jorge, passeando pelo seu Expresso, aproveito para uma pequena correção a respeito do ponto mais alto do Brasil.
O Pico da Bandeira foi para o terceiro lugar no pódio há alguns anos, pois foram revelados dois mais altos na Região Amazônica:
1º - Pico da Neblina - 2.993,78 metros (Serra Imeri no Planalto das Guianas, no estado do Amazonas, fronteira entre Brasil e Venezuela)
2º - Pico 31 de Março - 2.992 metros (Serra Imeri entre Amazonas e Venezuela)
3º - Pico da Bandeira - 2.889 metros.
Um grande abraço e toca pra próxima estação.
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