Os ”homens dos sambaquis” existiram entre 5000 e 2000 a.C. A “cultura sambaquiana” revela já um apurado desenvolvimento da indústria do osso, chifre e concha, bem como de estruturas funerárias. Os concheiros terão sido a origem dos primeiros núcleos urbanos, servindo a matéria-prima para a fabricação de cal.
Esta evolução determinou que a partir de 5000 a.C. se verificou um enorme movimento migratório que esteve na origem do aparecimento de grupos crescentemente diferenciados quer a nível civilizacional, quer linguístico.
Os ameríndios que se fixaram no território brasílico são agrupados, de acordo com critérios linguísticos, em dois grandes troncos: Macro-Tupi e Macro-Jê; em famílias, umas maiores situadas a norte do Amazonas (Caribe, Aruaque e Arauá); outras menores situadas a sul do mesmo rio (Guaicurú, Nambiquára, Txapacúra, Múra e Pano); e ainda em grupos isolados (Aicaná, Aricapú, Auaquê, Jabutí, Canoê, etc).
A análise da evolução das sociedades indígenas pré-cabralinas incide sobre os grupos dos troncos Macro-Jê e Macro-Tupi, dada a sua importância como agentes na formação do Brasil.
(Pintura de Albert Eckchout, séc. XVII. A continuar)
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