É preciso dizer que a Espanha não é a una, nem indivisível. Antes pelo contrário. Há muitas "espanhas", quatro línguas diferentes e níveis de desenvolvimento muito distintos. Depois, e, como se vê no mapa, a parte mais importante da Espanha, é precisamente a que falta: Portugal. Desta vez fomos à Extremadura, a região mais pobre de Espanha. Em latitude vai mais ou menos da nossa Castelo Branco, a norte, até um pouco abaixo da nossa Elvas, a sul. Durante séculos foi ocupada por mouros e a reconquista foi fazendo arduamente o seu trabalho. Uma vezes eram os portugueses que entravam por ali dentro, numa tentativa de se antecipar aos castelhanos para expandir território. A zona norte, a de Plasencia, acabou por ficar mais de um século em total abandono, vindo a ser repovoada, a pedido de Afonso VI, por franceses (ou melhor, burgonheses), vindos com D. Raimundo (primo do nosso D. Henrique, o pai de Afonso Henriques).
Foi aqui que um grupo de velhos amigos que dá pelo óbvio nome de "Tocandar", resolveu passar cinco dias sempre tocandar... Fomos de Alberca, a Plasencia, de Miranda del Castanãr, a Cáceres, passando por caminhos interiores, curvas infindas, picos de cortar a respiração e parques naturais que apanham afluentes do Douro e do Tejo, de beleza deslumbrante. O tempo não podia estar melhor. Comemos muitos embutidos, esperamos horrores por almoços e tivémos enorme dificuldade em ser entendidos. Sem generalizar, os espanhóis não facilitam. Não tem o menor jeito para línguas. Não gostam muito de portugueses. E são arrogantes de nascimento. Acresce que detestam trabalhar e não fazem qualquer esforço por agradar. Pior só em Paris. Uma estranha mistura de costumes, má gastronomia, paisagem magnífica e monumentalidade garantida. É tudo isto que vou contar sem qualquer nexo e conforme me der na cabeça.
6 comments:
Sobre essas características dos Espanhol já tínhamos falado!
A Galiza é diferente...
Nos temos os argentinos logo abaixo que lembram um pouco os espanhois...rs
Jorge,
Sí.
Paisaje espectacular,
monumentos garantizados,
un humor peculiar (que me gusta),
una manera tanbién peculiar de ver el trabajo (que tanbién me gusta),
y el lenguaje,
los idiomas cambian,
como el humor...
Pero, como dijo siempre;
_pone la lengua detrás de los dientes para una mejor comprensión.
¡SIMPLE ASÍ!
JAJAJAJA...
besos
¡Espero con gusto sus informes!
:)
Li: não entendo nada. A lígua tenho de entalar nos dentes. E que faço aos ouvidos?... Mas que bien ablas, chica!
Eduardo: já tinhamos sim senhor. Mas ao vivo sente-se mais!
João: sem dúvida. Por isso eu digo que não e não dá para genereralizar. Mas a tendência é esta.
Angela: pois, devem ser ou piores!
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