Inés de Suárez nasceu perto da velha catedral, em Plasencia. Corria o ano de 1507. Colombo tinha descoberto a América e os espanhóis precipitavam-se no assalto ao novo mundo.
Inés casou em 1526, com 19 anos. Era estéril. O marido, Juan, partiu com destino ao Panamá. Muita gente da pobre Extremadura emigrou em busca de fortuna. Inés ficou em Espanha. Passados muitos anos recebeu notícias do marido, vindas da Venezuela. Em 1537 conseguiu autorização real para ir às "Ìndias" em busca de Juan. Um feito inédito. As mulheres não viajavam naquele tempo. Quando chegou teve notícia da morte do marido na Batalha de las Salinas (1538). Como compensação de viuvez recebeu uma pequena "finca" na zona de Cuzco onde se instalou.
Foi aí que conheceu o amante, Pedro de Valdivia, mestre de campo de Pizarro e futuro conquistador do Chile. Seguiram juntos, em campanha militar, novamente com uma autorização, agora de Pizarro. Naquele tempo as mulheres não viajavam, nem iam à guerra. Em onze meses de campanha Inés fez de tudo: cozinheira; enfermeira; combatente. Em 1540 a expedição chega a um vale fértil e protegido por montanhas, por onde corria o rio Mapocho. Aí fixam a capital do território, o futuro Chile, com o nome de Santiago de Nueva Extremadura. Inés tem, depois, um papel decisivo na batalha que esmagou os caciques locais, chefiados por Quilicanto (1541), tendo sido ela que decepou a cabeça dos líderes. Uma mulher que hoje em dia apareceria nos telejornais com perigosa assassina em série e culpada de genocídio, acaba agraciada por Pizarro.
A união de Inés e de Pedro não era bem vista nos círculos católicos. Pedro era casado. Sua mulher ficara em Espanha. Alvo de um processo, a sentença determina a exoneração de Pedro Valdivia de todos os cargos e a intimação de mandar vir a mulher legítima de Espanha. Inés casa com um dos capitães de Valdivia, naquilo que parece ser um casamento de conveniência. De facto, a esposa de Valdivia é recambiada para Espanha sem nunca chegar a ver o marido. O resto apenas pudemos supor. Inés morre em 1580... Era daqui de Plasencia. Nasceu perto da velha catedral, corria o ano de 1507...
(Ler "Inés de mi Vida", de Isabel Allende)
A união de Inés e de Pedro não era bem vista nos círculos católicos. Pedro era casado. Sua mulher ficara em Espanha. Alvo de um processo, a sentença determina a exoneração de Pedro Valdivia de todos os cargos e a intimação de mandar vir a mulher legítima de Espanha. Inés casa com um dos capitães de Valdivia, naquilo que parece ser um casamento de conveniência. De facto, a esposa de Valdivia é recambiada para Espanha sem nunca chegar a ver o marido. O resto apenas pudemos supor. Inés morre em 1580... Era daqui de Plasencia. Nasceu perto da velha catedral, corria o ano de 1507...
(Ler "Inés de mi Vida", de Isabel Allende)
6 comments:
A HEROÍNA fica para mais logo.
Pode ser?
(Estou a teclar há + de duas horas...).
Não sei aprecio...
Angela: mas convenhamos que deve ter sido uma vida atribulada e fantástica... Pouco vulgar para uma mulher naquele tempo. Pouca gente sabe esta história.
tava tudo bonito na história ..rs até ela cortar a cabeça dos caras..credo que barbárie ,,,!!
Mas acho que fazia parte do modus vivendi ...
Cortar cabeças era tipo desporto!
Tão ou mais decidida que a nossa ANA BRITES !
Gosto desta HEROÍNA!
Ab.
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