Finalmente, Rodrigo deixou-se invadir pelos Mouros, comandados por Tariq e Musa que, em 711, extinguiram a monarquia gótica.
Quanto aos Sarracenos, não tiveram grande sorte cá por Trás-os-Montes. Fartaram-se de levar na tromba e poucos vestígios deixaram, para além de alguma presença onomástica que acusa a sua fugaz permanência. Baçal, Mogadouro, Muaz, Soeira, Algoso e Almansor são alguns exemplos.
De facto, meio século depois da conquista moura Afonso I, das Astúrias, retomava enorme extensão de terreno ao inimigo. Segundo Alexandre Herculano, a táctica era simples: atacavam e despovoavam as terras, levando os nossos bragançanos para as montanhas asturianas, onde a resistência goda se instalara desde os tempos de Pelágio, deixando os mouros entregues aos bichos, nomeadamente aos abutres do Egipto e outros grifos planantes.
Depois, século e meio mais tarde, já Ordonho I e seu filho Aldefonso III haviam repovoado terras como Braga, Porto, Viseu, Lamego e Chaves. Apenas entre 976 e 1002, houve algum sobressalto, pela mão de Mahamed ben Abdallah ben Abi Almeri el Moaferi, o célebre e terrível Almansor, assim conhecido por facilidade de expressão... Mas foi sol de pouca dura. O domínio muçulmano no distrito de Bragança foi efémero e pouco tranquilo.
(continua)
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2 comments:
acho muito interessante os mouros não terem tido muita importância nessa região. Deve ser por isso que não há "dicas" de nomes para as criancinhas...
beijinhos
Sem dúvida. Aqui foram mais judeus que não deixam de ser semitas, claro.
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