30.9.10

BRAGANÇA - HISTÓRIA VI

Passamos agora para os tempos de D. Fernando que resolveu candidatar-se ao trono de Castela depois do assassinato do rei castelhano Pedro, o Cruel, pelo bastardo D. Henrique. Isto só porque era bisneto de Sancho, o Bravo!

Vai daí D. Fernando entrou pela Galiza tomando La Corunha. Mas, rapidamente, fez marcha-atrás quando soube que D. Henrique vinha sobre ele. Refugiou-se, muito quietinho, em Coimbra, deixando as gentes do norte à bofetada com os castelhanos. Depois da resistência de Guimarães, o bastardo espanhol "foi-se entom caminho de Braganza, e foia cercar e filhoua" e, com ela, toda a zona circundante, incluindo Miranda. Isto, em 1369.
O nosso Fernandinho ficou muito irritado com a alegada falta de resistência transmontana e tirou privilégios a toda a região, com excepção de Moncorvo que se teria portado heroicamente. É claro que o "rei poltrão", como diz Pinheiro Chagas, nunca saiu do seu sossego em Coimbra e só se mexia até Santarém. Isso valeu-lhe o dichote popular: "Asnos vão / Asnos vêm / de Lisboa / Para Santarém".
Estas guerras terminaram com a paz de Alcoutim, celebrada a 31 de Março de 1371. O distrito bragançano volta ao domínio português. D. Fernando fez, no entanto, muitas doações de terras a fidalgos castelhanos que haviam tomado o seu partido. Foi o caso de Moncorvo, Bemposta e Penas Roias, que entregou a Fernando Alfonso de Samora.
(continua)

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