7.10.10

BRAGANÇA - HISTÓRIA IX (FIM)

Entra agora em cena um dos ministros mais célebres do regime constitucionalista. O rígido e violento, preferido de D. Maria, António Bernardo da Costa Cabral, mais tarde conde de Tomar. As medidas de Cabral não são populares. O povo aponta-o como causador de todos os males e diz mesmo: “Vão aos trigos os pardais / É por causa dos Cabrais”

Por isso em Abril de 1846, estalou no Minho a revolução chamada Maria da Fonte que irradia rapidamente a outras províncias.
O visconde de Vinhais, comandante da quinta divisão militar estacionada naquela vila, coloca-se à frente do movimento. O ministério do conde de Tomar cai e é substituído por outro presidido pelo duque de Palmela. Costa Cabral é obrigado a fugir para Espanha, de onde continuou a intrigar, sempre de conluio com D. Maria.
A luta civil reacende-se, entrando nela elementos miguelistas, excitados pela própria rainha. Estes miguelistas eram comandadas pelo tenente-general escocês Reynaldo Macdonell que foi aprisionado pelas forças do conde de Vinhais, junto à aldeia de Sabrosa, concelho de Vila Pouca de Aguiar, e, embora pretendesse entregar-se, o escocês foi morto cobardemente pelo sargento Carmona, um bragançano... Triste episódio. Quem encontrar este homem, que o entregue ao TPI. São crimes que não prescrevem!

A trapalhada vai continuando. A rapaziada cabralista, aqui na província cava para Espanha, bem como os Pessanhas e os Mirandas, influentes famílias do distrito. Parece é que ficou pouco dinheiro nos cofres... Os cabralistas tentam arremeter via Espanha, com algum apoio disfarçado dos espanhóis que não queriam mais confusões naquela zona que parecia um autêntico passadouro. A província fica outra vez em brasa…
Surgem nesta altura as quadrilhas de malfeitores - dos Brandões, de Midões e dos Marcais, de Foz Côa - que, com pretensos pretextos políticos, saqueavam aldeias e matavam os seus moradores.
…. Fico-me por aqui. Também, já devem estar tão exaustos quanto eu! Por outro lado, relativamente ao século XX, ainda não há suficiente perspectiva histórica!
FIM

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