BRAGANÇA - HISTÓRIA XI

A coisa começou a correr mal… Em Badajoz as tropas luso-britânicas são vencidas e, com elas, os regimentos de cavalaria de Trás-os-Montes e de Almeida (aliás, a derrota foi tal, que só em 1762, aquando da Guerra dos Sete Anos, a cavalaria transmontana se voltou a organizar).

D. Pedro morre, entretanto, mas a guerra continua. Em 1710, o general espanhol Montenegro, marquês de Bay, apossa-se de Miranda, devido à infame traição do governador da praça, Carlos Pimentel, que lha vendeu por seis mil dobrões (um verdadeiro empresário da raia!). Valeu-nos um tal Pedro Mascarenhas que vingou a afronta e tomou Alcaniças (essa terra mártir espanhola), Cervajales e Puebla de Sanabria.

Mas havia que reganhar Miranda. O cerco foi iniciado em 11 de Março de 1711, por D. João Manuel de Noronha, conde de Atalaia (e vai mais um conde!...), comandante das tropas transmontanas. Acantonaram-se junto à ribeira de Fresno e montaram baterias para tomar o castelo... A 14 de Março, era a rendição (como se vê, foi rápido). Dos termos de rendição, há a destacar o ponto 5: "...que todos os cavalos, como as mais bestas se entregarão"!

(continua)