16.10.10

ZAMORA - I

Uma pequena cidade de 70 mil habitantes, perdida na Extremadura espanhola, a 100 km de Bragança. Burgo medieval cuja principal relevância foi ter sido aqui que se celebrou o "Tratado de Zamora" que, em 1143, deu de facto a independência a Portugal. Afonso Henriques conseguiu a sua primeira vitória diplomática, ao garantir junto do primo, Afonso VII de Leão, o tratamento de Rex e o reconhecimento de que esse título seria herdado pelos seus descendentes. Para além disso, Zamora tem um interesse muito relativo. Vejam-se de relance as 24 igrejas românicas do séc. XI a XII; aprecia-se rapidamente a catedral, datada do séc. XII, carregada de ouro, como é habitual na ostentação catelhana; cruzem as ruas adormecidas com  dois palácios românicos e uma ponte do séc. XII que atravessa o rio Douro; um castelo atrapalhado de ruínas em camada que vão do romano ao árabe, passando pelos visigodos, como, aliás, é costume por estes lados.
Come-se bem desde que se pague bem. Bebe-se melhor desde que se pague melhor. A sesta é uma instituição garantida e controlada. Recomendo aos turistas que comecem a visita às oito da manhã e acabem à uma da tarde. Depois, Zamora só abre quando eles quiserem. Várias vezes conquistada por Portugal, acabaram na mão dos castelhanos que lhes garantem uma sesta permanente. Por isso podem dormir descansados...

2 comments:

Dona Sra. Urtigão said...

UAU!!!

João Menéres said...

Passei sempre a correr (mas parei umas duas vezes).
Perdão, uma vez, parei e visitei mesmo.
Onde terei os registos?
Sei lá...