Saio de casa. Engarrafo. Verão de Abril. Cada vez há mais gente que vive a crise com empenho. Pessoal que gasta os últimos litros de gasolina no bronze de fim-de-semana. Olho o mar. Um barco avança. Quem virá a bordo? Qunto custará? Detesto barcos. Há em mim um enjoo permanente, um enjoo que nunca dá vómito. Apenas me enerva. Prefiro terra. Terra olhando o mar. O Forte da Giribita surge amarelo berrante. Uma curva perigosa. Perigosa distracção. Muitos ali morreram. Uma forte exotérico. Dramático. E Lisboa fica no fim da fila, para lá da "bicha". Um convite. Um aniversário. Bem no Chiado. Um Hostel com vista para o Camões. Único. Uma ementa indiscritível: salada de polvo; taboulette; favas no chouriço; presunto no queijo fresco; courgettes grelhadas; cogumelos ao alho; arroz de camarão em coentros e tomate... A vertigem desfocou a Sony. Bem lhe disse para não beber tanto. As máquinas estão irreverentes. Não obedecem. Apenas por solidariedade matinal público as fotos que, não sendo de crise, estão em crise. Mas não estamos todos?
ET: Royal Lisbon Hostel, Praça Luís de Camões. Dormidas a partir de 17 Euros.
6 comments:
Com crise ou sem ela, a vida continua! E tem gente que "ganha" com ela!
courgettes!!
E bem boas.
a vida continua mesmo!
e se for boa vida
melhor ainda.
(que contorno do forte! é de babar!!!
e a vista do Hostel...)
Lisboa tem passado por muitas crises e "sai-se" sempre bem.
Há crises que valem a pena...
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