31.8.11

DIA A DIA - PLANETA DOS MACACOS


Os macacos corriam. Saltavam. Davam cambalhotas. O cientista atrás deles. Perseguições policiais. São Francisco a ferro e fogo. Tudo porque as experiências com ALZ 112 tinham dado inteligência aos símios. Lá no laboratório testavam um produto para o Alzeimer. César, o chimpanzé, acaba mesmo a falar. Só lhe falta tocar piano. Cientistas, jardim zoológico, tratadores malvados, gorilas enraivecidos, chimpanzés iluminados… Um banal filme de perseguições, com macacos em efeitos especiais. Parece que filmam homens a fazer os movimentos e depois trabalham em computador. O resultado são macacos humanos. Tudo acaba numa apoteose destrutiva no tabuleiro da ponte de São Francisco, com os habituais carros da polícia a serem amassados e helicópteros vencidos por macacos trapezistas. Acaba bem, isto é, os macacos conhecem chegar à floresta de sequóias e o macaco César, líder destacado do grupo, afirma peremptoriamente: “This is home”. Se ele o diz, nós nada temos a objectar. Para quem pensava que este filme tinha alguma coisa a ver com o romance de Pierre Boulle, que deu origem ao célebre filme de 1968, interpretado por Charlton Weston, desengane-se. Curiosamente o argumento desta chachada é do mesmo Pierre Boulle que, sem dúvida, se especializou em macacos. Lá atrás, nas filas da retaguarda, ouve-se o restolhar das pipocas e os sorvos de coca-cola. Gente que vem lanchar para o cinema. Macacos sem efeitos especiais. Ficamos expectantes: para quando o “Planeta dos Homens”?

2 comments:

daga said...

então deve ser parecido com o segundo filme que também era uma confusão "sem pés nem cabeça"!
beijo

peri s.c. said...

" Macacos sem efeitos especiais ", ah, ah, ótima frase !