Os macacos corriam. Saltavam. Davam cambalhotas. O cientista
atrás deles. Perseguições policiais. São Francisco a ferro e fogo. Tudo porque
as experiências com ALZ 112 tinham dado inteligência aos símios. Lá no
laboratório testavam um produto para o Alzeimer. César, o chimpanzé, acaba
mesmo a falar. Só lhe falta tocar piano. Cientistas, jardim zoológico,
tratadores malvados, gorilas enraivecidos, chimpanzés iluminados… Um banal
filme de perseguições, com macacos em efeitos especiais. Parece que filmam homens
a fazer os movimentos e depois trabalham em computador. O resultado são macacos
humanos. Tudo acaba numa apoteose destrutiva no tabuleiro da ponte de São
Francisco, com os habituais carros da polícia a serem amassados e helicópteros
vencidos por macacos trapezistas. Acaba bem, isto é, os macacos conhecem chegar
à floresta de sequóias e o macaco César, líder destacado do grupo, afirma
peremptoriamente: “This is home”. Se ele o diz, nós nada temos a objectar. Para
quem pensava que este filme tinha alguma coisa a ver com o romance de Pierre
Boulle, que deu origem ao célebre filme de 1968, interpretado por Charlton
Weston, desengane-se. Curiosamente o argumento desta chachada é do mesmo Pierre Boulle que, sem dúvida, se especializou em macacos. Lá atrás, nas filas da retaguarda, ouve-se o restolhar
das pipocas e os sorvos de coca-cola. Gente que vem lanchar para o cinema.
Macacos sem efeitos especiais. Ficamos expectantes: para quando o “Planeta dos
Homens”?
31.8.11
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2 comments:
então deve ser parecido com o segundo filme que também era uma confusão "sem pés nem cabeça"!
beijo
" Macacos sem efeitos especiais ", ah, ah, ótima frase !
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