Fomos descendo. Apalpando paredes húmidas e escorregadias. Uma luz filtrada. Cada vez mais escura. Estratificações fracturadas. Galerias fósseis... Continuamos a descer. A luz há muito desapareceu. Um ambiente cavernícola. O som tem um eco surdo. Apodera-se de nós uma claustrofobia esmagadora. Corredores. Galerias. Labirintos. Uma visão negra do infinito. A água cai do tecto em pingos de estalactite. A vida parece não poder existir... De repente o ar aquece. O tecto sobe por cima de nós. Corre um vento manso. Um cheiro doce. Um vago odor a maresia. Uma luz intensa ofusca-nos os sentidos. Ao fundo, muito ao fundo, uma clareira enorme abre-se sobre o vazio. Pressentimos um continente novo. Uma calma radiosa apodera-se de nós. Não sabemos se estamos em cima ou em baixo. Perdemos o corpo...
15.11.11
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4 comments:
majestoso
quero mais
detesto folhetins
mas aguardo serena
Entre uma claustrofobia esmagadora e uma calma radiosa, eu prefiro ser apoderado por esta última, embora não sofra daquela, nem de vertigens.
eu sofro de vertigens e de claustrofobia...
mas acho fantastico todo estes posts que esta pondo aqui, estes dias...eu mesmo aqui nao sei se estou em cima ou embaixo:)))
bjs
Essa estória de "luz no fim do túnel, vá de encontro a luz..."
me dá arrepios!
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