A Cruz Orbicular (ou Cruz Templária) aparece na
totalidade dos templos românicos (séc. XI e XII). No Castelo de Tomar escontrm-se imensas estelas orbiculares, algumas expostas no Claustro das Lavagens. Este símbolo foi adoptado pelos Templários portugueses e, mais
tarde, ao tempo e D. Dinis, deu origem, por estilização, ao símbolo da Ordem de Cristo. Trata-se
de um símbolo muito antigo, cujo significado vamos aqui tentar sintetizar.
A palavra templum, em latim, quer dizer delimitar. Um espaço sagrado onde reina o cosmos, protegendo o homem do caos e da insegurança do exterior. As cruzes orbiculares marcam essa "protecção mágica" nos quatro lados do templo. No "românico" as igrejas são fortalezas de pedra, com janelas diminutas, claramente viradas para o recolhimento em segurança física e também votadas à meditação e introspecção. A Cruz Orbicular terá origem oriental, expandindo-se pelo Egipto e chegando à Europa via Bizâncio e norte de África e à China por intermédio dos missionários nestorianos. A Cruz Orbicular torna-se universal. Todos os reis portugueses, até Sancho II, usaram esta cruz no respectivo selo. Os Templários portugueses usaram-na como símbolo místico. Só com D. Dinis e com a extinção da Ordem pelo Papa, a cruz estiliza-se na Cruz da Ordem de Cristo (os Templários renovados), a que aparecia nasa velas das caravelas.
A origem e significado nada tem a ver com a cruz onde Cristo foi crucificado. É muito anterior. No séc. IX a.C. já existiam na Assíria e no séc. XV a.C. foi encontrada uma em Cnossos (Creta). A sua origem insere-se na tradição antiquíssima da cruz "inscrita no círculo". Aliás, a cruz de Cristo só começou a ser usada no séc. Vd.C. Até aí era o Icthus (Peixe). A cruz de quatro braços iguais, apontando para os quatro pontos cardeais, é o símbolo da totalidade do Cosmos, inspirando os próprios mandalas. É o símbolo da harmonizaçao dos quatro elementos, sendo o centro o motor imóvel, o quinto elemento, a raiz do movimento. A "dupla hélice". E como "Deus é geómetra", segundo Platão, a Cruz Orbicular é um prodígio de geometria: a intersecção de um círculo central com quatro círculos laterais. Os indianos adoptaram a suástica (suástica em sânscrito quer dizer cruz) de Vishnu que roda para a esquerda e representa o movimento de construção; e a suástica de Shiva que roda para a direita e simboliza o movimento de destruição. O Cosmos mantém-se graças aos dois movimentos, formando um círculo com duas linhas iguais a cruzarem-se ao centro, a Cruz Orbicular.
A palavra templum, em latim, quer dizer delimitar. Um espaço sagrado onde reina o cosmos, protegendo o homem do caos e da insegurança do exterior. As cruzes orbiculares marcam essa "protecção mágica" nos quatro lados do templo. No "românico" as igrejas são fortalezas de pedra, com janelas diminutas, claramente viradas para o recolhimento em segurança física e também votadas à meditação e introspecção. A Cruz Orbicular terá origem oriental, expandindo-se pelo Egipto e chegando à Europa via Bizâncio e norte de África e à China por intermédio dos missionários nestorianos. A Cruz Orbicular torna-se universal. Todos os reis portugueses, até Sancho II, usaram esta cruz no respectivo selo. Os Templários portugueses usaram-na como símbolo místico. Só com D. Dinis e com a extinção da Ordem pelo Papa, a cruz estiliza-se na Cruz da Ordem de Cristo (os Templários renovados), a que aparecia nasa velas das caravelas.
A origem e significado nada tem a ver com a cruz onde Cristo foi crucificado. É muito anterior. No séc. IX a.C. já existiam na Assíria e no séc. XV a.C. foi encontrada uma em Cnossos (Creta). A sua origem insere-se na tradição antiquíssima da cruz "inscrita no círculo". Aliás, a cruz de Cristo só começou a ser usada no séc. Vd.C. Até aí era o Icthus (Peixe). A cruz de quatro braços iguais, apontando para os quatro pontos cardeais, é o símbolo da totalidade do Cosmos, inspirando os próprios mandalas. É o símbolo da harmonizaçao dos quatro elementos, sendo o centro o motor imóvel, o quinto elemento, a raiz do movimento. A "dupla hélice". E como "Deus é geómetra", segundo Platão, a Cruz Orbicular é um prodígio de geometria: a intersecção de um círculo central com quatro círculos laterais. Os indianos adoptaram a suástica (suástica em sânscrito quer dizer cruz) de Vishnu que roda para a esquerda e representa o movimento de construção; e a suástica de Shiva que roda para a direita e simboliza o movimento de destruição. O Cosmos mantém-se graças aos dois movimentos, formando um círculo com duas linhas iguais a cruzarem-se ao centro, a Cruz Orbicular.
4 comments:
Interessante!
Bjnhs
muito obrigada pela explicação! eu sabia que o símbolo dos primeiros criatãos era um peixe realmente, tb sabia que a cruz suástica vinha dos indianos, mas esta cruz orbicular era-me desconhecida... (mt bonita aliás), pensava que a cruz dos templários era a tal cruz de Cristo que parece estar pintada no interior da charola!
↓
"Cruz Credo!"
Maravilha de Aula!
Temp(l)os bons!
:o)
Boa aula mesmo .
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