Os estados medievais eram muito fragmentados. A nobreza possuia terras dispersas. Os agregados familiares estavam em constante movimentação. As grandes casas senhoriais movimentavam dezenas ou centenas de pessoas, entre família e serviçais. O movimento era constante. Tudo era concebido para ser portátil. São os móveis, os meubles, os mobili... As mobílias são escassas e reduzem-se ao essencial, para melhor transporte. A portabilidade também explica a necessidade das tampas das arcas e baús serem abobadados, para que a água da chuva escorresse durante as viagens. A grande desvantagem dos baús era que se tinha de tirar tudo para chegar às coisas do fundo. Foi preciso muito tempo para que alguém se lembrasse de instalar gavetas, transformando as arcas em cómodas. Foi só no séc. XVII.
8.2.12
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9 comments:
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Acomodando "curiosidades"!
Beleza ESTA (14 gavetas)!
:o)
mas o charme dos baús, supera ao das comodas...
(in)cómoda presença da minha cómoda toda destruída pelo caruncho
quer trocar? a da fotografia fazia-me um jeitão
:)
Esta é do Álvaro Siza.
Gosto de gavetas. De alguma maneira elas são estimulantes.
Essas aí então, de diferentes tamanhos...
Baús são peças de família.
Passam de mão em mão por gerações.
Todas as famílias portuguesas que eu conheci (inclusive a minha) possuem seus baús. Lindos e velhos.
Não são práticos, mas carregam histórias.
ah! mas um baú é isso mesmo: arrumar em camadas, buscar entre as camadas, seleccionar por texturas que as mãos reconhecem, entremear papéis de seda, estampas, um retrato mais ou menos secreto...baú é outra coisa que cómoda nem sequer pretende, eu estou convencida
Ai Fátima,
que lindo! Amei!
Grande aula de como os baus viraram COMODAS
Parabéns!
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