Em 1966 a Revolução Cultural chegou a Macau. Chegou sem que as autoridades
portuguesas se tivessem apercebido. A Revolução Cultural Chinesa era imparável.
Até aí ela não era evidente em Macau. Mas, inevitavelmente, tinha de chegar.
Mais do que um protesto contra os portugueses, mais do que a intenção de integrar
Macau na China (que nunca houve), os incidentes visavam, tão-somente, mostrar a
Mao Tsé-tung que Macau também era revolucionário. Pretendiam mostrar o fervor
das gentes de Macau, à causa da Revolução Cultural. Claro que o “incidente da
Taipa” podia ter sido evitado. Os portugueses, por manifesta inabilidade, caíram
na armadilha. Mas se não fosse esse, seria qualquer outro pretexto. Macau tinha
de ter os seus Guardas Vermelhos.
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3 comments:
Pois;
agora sim é a própria visão do inferno.
(e o demônio com sorriso maroto)
eu bem me tinha parecido, Jorge, que tinhas um livro escrito dentro de outro livro...:)
Fátima: foram vários dentro do mesmo.
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