20.6.12

SOLAR DO MATEUS ROSÉ - VILA REAL


O Palácio de Mateus, nos arredores de Vila Real, é uma casa solarenga de grande elegância e uma das maiores expressões da arquitectura civil do Barroco nortenho, possuindo ainda belos jardins e extensas propriedades vinículas circundantes. Data de 1619 a sua construção original, mas o palácio actual está ligado à pessoa de António José Botelho Mourão, seu proprietário em 1721, sabendo-se por documentação coeva que o renovado palácio foi concluído em 1750 pelo seu filho, D. Luís António Mourão. Atribuiu-se ao arquiteto italiano Nicolau Nasoni a responsabilidade pelo projecto do Solar de Mateus. Nasoni terá remodelado um palácio construído. O edifício é constituído por três corpos, sendo o central recuado. A fachada principal apresenta grandes janelas com frontões triangulares simples e outros ondulados e interrompidos por concheado. Num dinâmico jogo barroco, o arquitecto recorre ao contraste entre superfícies côncavas e convexas, com formas ascendentes e descendentes, balaustrada convergente e divergente. As linhas túrgidas horizontais são interrompidas por um coroamento de estátuas de vulto perfeito e pináculos, acentuando as linhas verticais do conjunto. Exuberância e requinte dos pormenores esculpidos, combinando com a artificiosa e engenhosa escadaria dupla, compõem o conjunto nobre da fachada solarenga. O cenário arquitectónico do Solar de Mateus tornou-se famoso em todo o mundo através dos rótulos do conhecido vinho rosé, baptizado com a mesma denominação da propriedade onde é produzido.
Mais duas fotos nos posts anteriores.

9 comments:

João Menéres said...

Peço desculpa, Jorge, mas há uma inverdade no seu texto.
O Mateus Rosé não é produzido aqui.
O Sr. Fernando Guedes ( Pai do actual Fernando Guedes), adquiriu para a SOGRAPE os direitos de colocar nos rótulos a imagem do solar e de chamar ao vinho MATEUS.
Se quiser, disponibilizo toda a história.

Um abraço.

Jorge Pinheiro said...

Pelo que entendi dos vários sites consultados, a base inicial da produção eram os vinhedos do solar. Estará errado?

João Menéres said...

A Casa de Mateus tem o seu próprio vinho. Uma pequena produção, engarrafada em bordalesas , com o nome de CASA DE MATEUS.
Também vendem compotas.
De momento ( hoje ) não posso dizer se para os primeiros Mateus Rosé o Sr. Fernando Guedes não terá comprado uvas à Família Albuquerque.

( Tive cá a jantar um filho e a família. Daí a demora desta resposta ).

Jorge Pinheiro said...

Bastaver no Google e nos sites. Mas pode haver engano, claro. No site oficial da Mateus não diz. É óbvio que hoje vem uva de todo o lado (até do alentejo!). Mas a base terásido lá.

João Menéres said...

Às vezes, encontro o Fernando Guedes.
Na próxima, perguntu-lhe !
O Convento de Monchique chegou a ter uma área alugada à Sogrape como armazém.

Jorge Pinheiro said...

Certo.

Paulo said...

Pelo que sei, uma coisa não tem nada a ver com outra. A produção do rosé não teve origem nos vinhedos do solar. Em tempos visitei a "fábrica" do Mateus, a convite do F. Guedes, e foi a ideia com que fiquei.

Jorge Pinheiro said...

UMA COISA A INVESTIGAR.

Li Ferreira Nhan said...

Claro, uma coisa a investigar!
Chegando aí vou beber até cansar!