9.5.13

CASTELO DO ALVITO (ALENTEJO)

 Em 1475, Afonso V de Portugal, outorgou o título de barão de Alvito a João Fernandes da Silveira, funcionário régio cujos descendentes viriam a ser titulados como marqueses. Poucos anos mais tarde, em 1482, João II de Portugal, concedeu ao barão e a sua esposa o direito de aí construírem um castelo, outorgando-lhes o senhorio da vila e dos povoados vizinhos.
De planta retangular, com quatro torreões cilíndricos ameados nos vértices, os seus lados definem um pátio interior onde se ergue, a noroeste, a Torre de Menagem, adossada ao pano da muralha. O alto dos muros é percorrido por um adarve constituído por parapeito alteado com merlões onde se rasgam as seteiras. As características manuelinas e islâmicas são identificadas por algumas janelas em arco de ferradura, maineladas, inscritas em arco conupial, com aduelas em tijolo, e pela decoração naturalista dos capitéis.

No contexto das Guerras Liberais, este castelo foi atacado e danificado em 1834, tendo lugar, posteriormente novas obras de recuperação. No século XX, o castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910. Após a implantação da República, o ex-soberano D. Manuel II, integrou o castelo ao património da Casa de Bragança (1915), no qual está compreendido até hoje.

No contexto da Revolução dos Cravos (25 de Abril), as dependências do castelo foram ocupadas pela Comissão de Moradores de Alvito que promoveram obras de adaptação no primeiro e no segundo pavimentos. Pretendiam instalar ali uma escola. A ideia não teve aceitação, vindo a alojar-se, nos compartimentos térreos, uma cooperativa de consumo. A partir de 1993, integrou a rede das Pousadas de Portugal sob o nome Pousada do Castelo de Alvito, hoje explorada pelo grupo Pestana.

5 comments:

João Menéres said...

Já como Pousada ( ainda no tempo da Enatur ), ficámos aí uma noite.
Calhou-nos em sorte um quarto mínimo...
Jurei que lá não voltaria !

Fernanda said...

Pois olhe João, nós também não queremos lá voltar, não por o quarto ser pequeno pois por sinal até era muito bom, mas porque um malvadito pavão passou a noite aos gritos e não nos deixou dormir!!!

Jorge Pinheiro said...

Eu não ouvi nada :))

João Menéres said...

Mas se fosse um GRIFO !...

Jorge Pinheiro said...

Aí seria muito grave!!!