Em Lisboa, nos laboratórios da Polícia Judiciária, o cartão de
telemóvel fora descodificado. Era impossível identificar o seu proprietário.
Mas os números de contacto e as mensagens foram recuperados. Para grande
surpresa dos investigadores, as mensagens arquivadas eram, no mínimo,
suspeitas. Em especial, três mensagens
podiam ligar-se ao atentado. Uma, recebida a 20 de Agosto, dizia: “Podes ir
buscar a encomenda”. A outra, recebida a 26 de Agosto, dizia: “Entrega a
encomenda amanhã”. E, finalmente, uma terceira enviada a 27 de Agosto, às
13,15h, dizia: “A encomenda foi entregue. Podem pagar o porte”. A troca
de mensagens era feita para um número de Bruxelas. O número de Bruxelas estava
inactivo desde o dia 27 de Agosto e era impossível detectar o assinante. “O Gordo”
tinha um instinto extraordinário para estas coisas. Para ele, tinham acertado
na mouche. Aquela comunicação era entre os mandantes e o autor do atentado. Mal
recebeu a informação correu ao mercado de Lagos e levou Vivaldo para
interrogatório.
14.11.13
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2 comments:
bela imagem!! a tua personagem do inspetor é muito interessante por ser perspicaz mas humilde..
E a história, ilustrada, continua.
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