16.11.14

OS VISTOS GOLD E O AMIGUISMO

Sempre me fez muita confusão a nomeação de amigos ou de familiares para cargos de responsabilidade. Não está em causa a competência, mas a incapacidade de ajuizar. Pensam que vão ter uma maior relação de confiança e de segurança de actuação. Mas o que acontece se o amigo meter a mão na massa? Quem nomeia alguém com uma relação de amizade vai sempre ter tendência a não acreditar na eventual culpa do amigo. A desculpar, a transigir, a manter uma boa fé para além do razoável. A liberdade de quem nomeia fica sempre diminuída se tiver uma relação de intimidade com o nomeado. A verdade é que relação de amizade não deve ser uma capacidade diminuída para o nomeado para quem nomeia. Uma questão de bom senso. Assistimos a um amiguismo corporativo que vai acabar no descrédito das instituições e na rotura democrática. O que perturba é que os governantes e gestores não entendem esta evidência linear. Devem ser mais broncos do que eu.

5 comments:

Fatyly said...

E por tudo o que dizes que subscrevo, as irregularidades, "o tal meter a mão na massa" têm surgido em catadupa o que me tira do sério e sinceramente é o descrédito total para quem é roubado, para quem tanto trabalhou e se mantém honesto e à boca cheia nos dizem que vivemos acima das nossas possibilidades.

Mais um processo que se arrastará no tempo e o final é...nenhures!!!!

Bom domingo

daga said...

"bom senso" é coisa que não existe para esse tipo de pessoas! são realmente "broncos" (tu não ;) sem se preocuparem sequer em aprender o suficiente para se tornarem um pouco competentes nos cargos que ocupam indevidamente.

Anonymous said...

Comentei lá no FB.

Li Ferreira Nhan said...

Em quase todos os setores nomear ou associar-se de parentes e amigos é quase sempre uma grande "roubada".

Paulo said...

Totalmente de acordo: amigos amigos, negócios (e responsabilidades) à parte.