
A falsificação de 27 curricula que entregou junto com a obra parece remeter-nos para um caso de polícia. No entanto, a verdade é que o escultor pensou (e provavelmente bem) que era impossível dar coerência a uma obra repartida por 27 autores. Depois, também não seria nada fácil fazer contas com aquela rapaziada toda... ainda por cima artistas. E os prazos? Bom, nem quero pensar. Cada um a atrasar-se, à espera uns dos outros e a apresentar justificações sucessivas! Uma ideia peregina só possível numa mentalidade eurocrática perdida nos consensos da comitologia. O artista, na sua objectividade criativa, resolveu o problema de forma expedita: falsificam-se uns CV e já está! Ainda por cima a peça tem piada. Tinham de vir os polacos e os búlgaros com a sua tradicional falta de sentido de humor estragar a festa! Espera-se agora que, no mínimo, a publicidade dada a este caso possa compensar o artista dos danos directamente emergentes e não lhe retire lucros cessantes.
jp
7 comments:
Tudo isto é conceptual, meu caro. A liberdade artística está para além dessas minudências legais. O que não impede que eu ache que a "escultura" era uma bela merda. Mas isso sou eu que não percebo nada de artes visuais, tenho mau feitio e, geralmente, para as vanguardas muuuito inteligentes, estou como o mendes de carvalho : não me lixem...
Jorge,
coitado do artista fraudador! Mentira tem pernas curtas! Já dizia minha velha mãe! E faltou racionalidade dos que encomendaram, e humor dos que receberam a obra. Ele só pecou em aceitar! Será que pecou? Uma publicidade dessas custa muito dinheiro, e ele teve de graça!
Artguita artcheta artmassa escolhe tu
coitado!
mas que foi divertido foi! Se ele não fosse tão escandaloso não teria que devolver dinheiro nenhum, mas não seria metade da diversão!
ARTMASSA parece-me bem, Claire. Pode até ser uma novo movimento. A arte em tempos de crise!
Eduardo: pois publicidade não lhe faltou!
Al: conceptual, mas tu é que pagas!
Alice:divertido e bem pago...
...ou tudo muito relativo. Se 230 marmanjo(a)s são representativos de 10 milhões de portugueses, por que não um só checo ser representativo de 27 Cantoneiros?
Aliás o pseudo D Pedro/Maximiliano, do Rossio, foi aproveitado sem mácula. O artista passa a obra fica (espero que guardada)
Eu também acho, Antonião. Parvoíce era a encomenda.
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