8.3.09

BARÃO DE FORRESTER


Nascido a 1809, em Kingstown-Upon Hull, Joseph James Forrester chega ao Porto 3m 1831 para trabalhar na empresa de vinhos Offley, Forrester and Webber. Paralelamente, Forrester dedica-se à pintura, pintando a óleo sobre placa de zinco paisagens do Douro e da cidade do Porto. Em 1836 casa com Eliza Cramp, de quem terá sete filhos. Abandona a firma Offley e estabelece-se por conta própria como lavrador e produtor. Em Londres recebe aulas de fotografia e é um dos pioneiros dessa arte. A partir de 1854 estuda e publica diversos livros sobre a moléstia da vinha. Escreve ainda um livro "Uma Palavra Sobre Os Que Adulteram o Vinho do Porto". É ele também que apresenta um levantamento do Rio Douro desde o Salto da Sadinha em Espanha, até o São João da Foz. Em 1855, D. Fernando II, regente na menoridade de Pedro V, concede-lhe o título de Barão. Participa na Exposição Mundial de Paris de 1855 onde recebe várias medalhas. A 13 de Maio de 1861 morre afogado num célebre naufrágio do Douro, na zona do Cachão da Valeira. O Barão, diz a lenda, morreu porque à levava um cinto carregado de moedas de ouro. O seu corpo nunca apareceu. Com ele morreram mais pessoas que iam a bordo. Salvou-se a amante D. Antónia Adelaide Ferreira, a "Ferreirinha", grande proprietária de vinhas e mãe de todos os vinhos, cuja saia de balão a terá feito boiar até à margem. Refira-se apenas que o Douro manso que hoje vemos, regulado por mais de uma dezena de barragens, corria, naquela época, entre pedregulhos e rápidos sessenta metros mais abaixo. Um verdadeiro terror para o transporte do vinho até ao Porto. No Museu do Douro, recentemente inaugurado na Régua, está patente uma interessantíssima exposição sobre o Barão de Forrester, seus quadros, suas fotografias e sua época. Forrester, um português que era inglês!
jp

5 comments:

Cristiane Marino said...

Gostaria muito de conhecer essas fotografias e de poder ir até esse museu, gosto muito de fotos, meu esposo é fotógrafo.

Convido-o a conhecer meu blog quando puder!
bjos

Anonymous said...

Muito interessante a história desse senhor! Quantas aventuras, e para arrematar uma morte misteriosa! Morreu como viveu!

Alice Salles said...

Um Português que era Inglês e que era cheio de historias pra contar, pena que morreu antes de revelar tudo.... Ou revelou?

Anonymous said...

Histórias do Douro são mitos do vinho...

Anonymous said...

quem lhe disse que foi a 13 de maio que ele se afogou? Toda a gente diz que foi a 12.