Como já referimos, parece ser quase uma certeza que os primeiros Templários tinham uma missão específica que concretizaram: entre 1104 e 1108, descobriram documentos importantes na Palestina e podemos também ter como certo que, a partir de 1120 (ou talvez ainda antes), a política dos Templários mudou radicalmente. Adiante falaremos desta “2ª. Fase”.
SÃO BERNARDO E A REGRA DA ORDEM
Resumidamente importa salientar que São Bernardo, monge da Ordem de Cister e abade de Claraval, figura religiosa (e política) de grande relevo no séc. XII, foi o grande “padrinho” dos Templários.
Como já se disse, era parente de Hugues de Payens.
Foi São Bernardo que terá criado a Regra dos Templários (a chamada Regra Latina) e defendido a sua aprovação canónica nos bastidores do Concílio de Troyes (ficam aqui algumas dúvidas quanto ao real papel desempenhado por Estevão Harding, abade de Cister, de que já falámos).
A Regra foi feita à medida, conjugando a componente monástica, com a guerreira; tornava, por exemplo, os jejuns mais moderados e fixava aspectos de grande detalhe, quanto aos fardamentos (o manto branco seria apenas usado pelos cavaleiros), ao modo como se cortariam os bigodes, etc.
A Regra inicial foi rapidamente complementada por várias bulas pontificais. Em 1140 há uma modificação importante: aceitava-se e até se recomendava a entrada de excomungados para a Ordem, para sua redenção.
Todos estes regulamentos são fixados, definitivamente, a partir de 1163, através da bula Omne Datum Optimum, a qual reforçava ainda mais os poderes da Ordem: autorizava os Templários a conservarem o saque tomado aos Sarracenos; colocava a Ordem sob a tutela exclusiva do papa; confirmava a isenção do pagamento de dízimo; permitia que a Ordem tivesse os seus próprios capelães, junto dos quais os irmãos podiam confessar-se (os segredos ficavam “em casa”…).
Ou seja, a Ordem do Templo tornara-se perfeitamente autónoma, só dependendo do papa, coisa que não se passava nas restantes ordens religiosas.
Esta independência era uma realidade, quer no campo económico, quer na organização militar; no campo espiritual e no campo ritual. Tudo se passou, aparentemente, para que a Ordem preservasse os seus segredos.
Esta autonomia e poder serão motivo de grande inveja, quer pelo poder espiritual, quer temporal, contribuindo, decididamente, para a futura queda da Ordem, como veremos.
SÃO BERNARDO E A REGRA DA ORDEM
Resumidamente importa salientar que São Bernardo, monge da Ordem de Cister e abade de Claraval, figura religiosa (e política) de grande relevo no séc. XII, foi o grande “padrinho” dos Templários.
Como já se disse, era parente de Hugues de Payens.
Foi São Bernardo que terá criado a Regra dos Templários (a chamada Regra Latina) e defendido a sua aprovação canónica nos bastidores do Concílio de Troyes (ficam aqui algumas dúvidas quanto ao real papel desempenhado por Estevão Harding, abade de Cister, de que já falámos).
A Regra foi feita à medida, conjugando a componente monástica, com a guerreira; tornava, por exemplo, os jejuns mais moderados e fixava aspectos de grande detalhe, quanto aos fardamentos (o manto branco seria apenas usado pelos cavaleiros), ao modo como se cortariam os bigodes, etc.
A Regra inicial foi rapidamente complementada por várias bulas pontificais. Em 1140 há uma modificação importante: aceitava-se e até se recomendava a entrada de excomungados para a Ordem, para sua redenção.
Todos estes regulamentos são fixados, definitivamente, a partir de 1163, através da bula Omne Datum Optimum, a qual reforçava ainda mais os poderes da Ordem: autorizava os Templários a conservarem o saque tomado aos Sarracenos; colocava a Ordem sob a tutela exclusiva do papa; confirmava a isenção do pagamento de dízimo; permitia que a Ordem tivesse os seus próprios capelães, junto dos quais os irmãos podiam confessar-se (os segredos ficavam “em casa”…).
Ou seja, a Ordem do Templo tornara-se perfeitamente autónoma, só dependendo do papa, coisa que não se passava nas restantes ordens religiosas.
Esta independência era uma realidade, quer no campo económico, quer na organização militar; no campo espiritual e no campo ritual. Tudo se passou, aparentemente, para que a Ordem preservasse os seus segredos.
Esta autonomia e poder serão motivo de grande inveja, quer pelo poder espiritual, quer temporal, contribuindo, decididamente, para a futura queda da Ordem, como veremos.
jp
2 comments:
...e eles conseguiram guardar bem seus segredos, se questiona até hoje o que eles podem ter descoberto.
Que bom que esta séria continua no teu terceiro ano!
Abraços.
Ai, abençoado resumo!
Agora sim, acho que vou acompanhar, sempre que possa. Porque, se diariamente mantiveres este ritmo, vai ser complicado, rs
Abraço colorido do arco-íris!
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