Conforme nos diz António Tiza: “Os Caretos, Máscaras, Carochos ou Chocalheiros (os nomes variam consoante as aldeias) surgem como sacerdotes de antigas divindades, ligando o sobrenatural ao natural, louvando os mortos e castigando os vivos. Os Caretos são seres superiores, mágicos e proféticos, gozando de uma liberdade quase sem limites, com a faculdade de castigar, acariciar ou criticar. Ao criticar publicamente os males sociais expurgam a comunidade, purificam-na e preparam-na para o novo ano que se aproxima. Danças, gritos e chocalhadas, são ritos que o mascarado executa no desempenho das suas funções – profiláticas e propiciatórias. Festas de rapazes e dos rituais de passagem: a passagem da adolescência para a maturidade, como nas antigas sociedades secretas masculinas, nas quais os jovens se deviam submeter a determinadas provas. A máscara, obra das suas próprias mãos, é o elemento pelo qual se dá a transformação do jovem em animador, líder, sacerdote e profeta.”
A máscara tem uma enorme carga emotiva. A ligação ao Teatro Grego é óbvia. A máscara (prosopon) dos seus actores deu origem à palavra latina persona, étimo de pessoa e personalidade. A nossa personalidade é composta por inúmeras máscaras que nos dominam e aprisionam o Ser mais profundo. Nos seus fundamentos mais esotéricos, o teatro dá-nos a possibilidade de entender essa relação misteriosa entre o Ser e as personalidades. Entre o “rosto” e as “máscaras”. E a máscara, como todos os poderes, pode ser dominada ou dominadora…
Bibliografia: “A Alma Secreta de Portugal”, de Paulo Alexandre Loução.
A máscara tem uma enorme carga emotiva. A ligação ao Teatro Grego é óbvia. A máscara (prosopon) dos seus actores deu origem à palavra latina persona, étimo de pessoa e personalidade. A nossa personalidade é composta por inúmeras máscaras que nos dominam e aprisionam o Ser mais profundo. Nos seus fundamentos mais esotéricos, o teatro dá-nos a possibilidade de entender essa relação misteriosa entre o Ser e as personalidades. Entre o “rosto” e as “máscaras”. E a máscara, como todos os poderes, pode ser dominada ou dominadora…
Bibliografia: “A Alma Secreta de Portugal”, de Paulo Alexandre Loução.
6 comments:
Jorge,
Aqui as chamamos de máscaras.
Provavelmente tenham mesmo se originaram da Grécia, como o teatro.
Agora, no Xingu fotografei a benção das moradias, onde os indios Bakairi, tribo em questão, usavam mácaras representando os parentes mortos. Distribuiam também uma bebida leitosa a quem assistia.
Eles, certamente, não sofreram influência grega na etmologia e costumes.
A cultura dos povos, principalmente os primitivos, é uma incógnita.
Adorei a postagem e as cores das máscaras.
Adoro as coloridas, e as africanas talhadas em madeira.
Beijinho!
É verdade que nossa personalidade é formada por várias máscaras, que dependem da situação...
Como o Jorge e a Lina já disseram e contaram o essencial sobre os CARETOS, dispenso-me de acrescentar seja o que fôr.
Mas, quero dizer que esta imagem é das mais bem conseguidas e que exprimem todo o misticismo dessas brincadeiras e folguedos.
Se não fosse o rosto de uma senhora da assistência, eu podia garantir que era uma IMAGEM PERFEITA !
O colorido, a vivacidade e a composição são de um MESTRE DA FOTOGRAFIA !
Muitos parabéns, caro amigo!
O RAIO DA SENHORA!
Deve ser uma sogra...
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