27.8.10

MYRA LANDAU - XIX

A cor não se pensa. A cor sai e é igual ao Sol que se põe ao cair da tarde. Assim também a cor se põe sobre o papel ou sobre a tela. E quando pintares, esquece tudo o que alguma vez tenhas lido ou estudado. (“Si Sabes Ver”, De Myra Landau).

Ao regressar ao México, Myra, participou numa exposição colectiva “Nuestra Plástica De Hoy”, na Galeria da Escola de Artes Plásticas de San Carlos. A sua amiga Coco hospedou-a por quatro meses, enquanto Myra desesperava por encontrar o que fazer, para onde ir, sozinha ou acompanhada. Subitamente o destino resolveu… Fernando Vilchis convida Myra para ir para Xalapa como docente na Faculdade de Belas Artes. Myra teve uma reacção negativa. Nunca gostara de ensinar. Era contra o ensino. As artes não se ensinam… Mas Fernando convenceu-a. Garantiu-lhe que era de gente assim que precisavam em Xalapa. Seria? O certo é que a necessidade de trabalhar exclusivamente em arte, associado às recordações agradáveis que tinha de Xalapa era forte. Decide ir. Antes ainda, tem uma exposição dos seus trabalhos dos últimos dez anos, na Casa do Lago, na UNAM, Cidade do México e fazem-lhe a encomenda de uma pintura para a capa do livro de Alejo Carpentier, El Recurso del Método.
Em Fevereiro de 1974, Myra chega a Xalapa para uma nova etapa da sua vida…
(continua)

4 comments:

Voar sem Hasas said...

Jorge,

que percurso especial, tormentoso mas aliciante......

gosto da maneira como escreves... com muita razão(lógica) e emoção.... só os amigos escrevem biografias assim!!!!!!!!!

um abraço

chica said...

A vida da Myra é linda de ver e saber e tu sabes colocar toda empolgação!abraços,chica

jugioli said...

as cores de uma vida, tão bem pintadas.

bjs

Jorge Pinheiro said...

Obrigado a todos. Myra segue em frente.