Setembro. Todos os anos era raptado em plenas férias grandes. 3456 curvas mais tarde, entalado no moderno “Sinca Aronde”, entre cestas de reforço gastronómico e a omnipresente “governanta” Alice; pernoita obrigatória no “Grande Hotel do Luso”; o indispensável bacalhau cru em Torre de Moncorvo, para evitar o derradeiro vómito... Bragança à vista. Nove meses de inverno, três de inferno. Para mim era sempre inferno!
Setembro. Que estava eu a fazer naquela pasmaceira? Subtraído à moderna Nova Oeiras. Precocemente sacado às namoradinhas de praia. Distante da Marginal. Longe da Linha. Violado no final das férias grandes. Contrariado até ao fundo do meu ser?!
.jpg)
9 comments:
E hoje corre para lá...
O que estava a fazer?
VIVER meu caro!
As paisagens acima são inesquecíveis!
Jorge,
estive em Bragança uma única vez, em 2004, com o Gil (fato que muda radicalmente uma viagem).
Hoje mostrei a ele
tuas fotos da cidade e ACREDITE, ele lembrou! Recordou dos piores acontecimentos (claro!).
Para mim, os mais curiosos, engraçados, pitorescos; os melhores!
rsrsrs
As imagens acima ele nunca viu ou sentiu. Ele dormiu o percurso inteiro, como sempre.
;)
João: correr? Não diria tanto, mas vou com prazer. O difícil é não ter mar!
Li: pois assim entendo:)
Imagino o tédio, contaste o numero de curvas da estrado ou é só uma brincadeira?
Estranho como não é só o que é agradável que se torna significativo em nossa vida. Muitas experiências difíceis revelam-se como as mais importantes em nossa formação e até ficamos gratos por tê-las vivido (não estou fazendo apologia ao masoquisismo).
Angela: eram, e ainda são, milhares de curvas. Há tédio, mas a cada volta a paisagem é diferente. Esta é uma característica muito saudável de Portugal: a constante vmudança de ambiente.
Achei lindo
Lis, eu tbm!
Acho uma delícia ler a percepção do Jorge sobre as coisas.
Lis:as paisagens aqui são de tirar a respiração.
Lizete: é só ironia. Senão é a vida é uma canseira...
Post a Comment