10.9.10

MYRA LANDAU - XXII


Em 1974, Myra, já instalada em Xalapa, expõe em colectivas na Galeria da Alliance Française, na Universidade Veracruzana e em Córdova (Veracruz). Seguem-se exposições no Salão da Plástica Mexicana, na Galeria Uno, na Difusão Cultural, e, novamente, na Universidade Veracruzana, todas em Xalapa e, finalmente, no Festival de Arte e Cultura, na Alemanha.

No final de 1974, a filha Dominique reúne-se com Myra. Uma reunião ansiada e que deu um outro equilíbrio a Myra. Dominique instala aí o seu laboratório fotográfico e começa a dedicar-se a sério à fotografia, chegando a trabalhar com a Universidade durante alguns meses. É, também, por essa altura que Myra toma uma decisão arrojada e audaz. Resolve pedir a Fernando Gamboa a realização de uma exposição individual no Museu de Arte Moderna da Cidade do México, de que Gamboa era Director. Muitos amigos dizem que está louca. Apenas Felguérez a apoia incondicionalmente. De certa forma, aquela exposição seria dedicada ao seu pai, antes que fosse demasiado tarde. Era também uma forma de redenção para Myra. No momento em que o pai pisasse o chão sagrado do museu, ele a absolveria de todos os “pecados”, porque, no modo de ver dele, Myra deixaria de ser uma aventureira e passaria a ser uma artista consagrada a quem, então, se permitiriam todas as excentricidades. Um pensamento algo “freudiano” que seria resolvido por Gamboa ao admitir a exposição em 1975…
Na imagem, "Ritmo Deformado", 90cm x 90cm.
(continua)

7 comments:

chica said...

Linda estratégia de Myra pra comover novamente o pai...Linda tela!abração,chica

João Menéres said...

Este "RITMO DEFORMADO" há muito que me fascinou!
É uma peça FANTÁSTICA!

Um beijo SEMPRE para a MYRA.

Voar sem Hasas said...

jorge,~
um verdadeiro tibuto á artista e á mulher, ambas com medos , sentimentos, inseguranças, força e vontade de vencer.........

continua lindo.....

xunandinha said...

Que linda tela, adororei, beijos

Jorge Pinheiro said...

Vamos em frente. Obrigado a todos.

Fatima Cristina said...

Oi Jorge!
Voltei a acompanhar a série da biografia Myra. Muito legal conhecer seus passos, seu destino e seus dramas através de tuas palavras. Continuo achando que isso vai dar um belo livro!
Beijos!

Jorge Pinheiro said...

Obrigado Fátima.