A partir de
1841, na sequência da Primeira Guerra do Ópio, os ingleses ocupam, pela força,
a ilha Vitória. Assim nasce Hong Kong que, rapidamente, emergirá como o porto
ocidental mais importante da China. Hong-Kong dista apenas 60 km de Macau. A
grande maioria das companhias comerciais europeias abandona Macau e
transfere-se para Hong-Kong, relegando Macau para uma posição subalterna. Só
nesta situação é que a Coroa portuguesa decide intervir, no receio de perder o
território. Um Decreto Real, assinado por D. Maria II, em 1844, reafirma a autoridade
do Governador e a preponderância deste relativamente ao Leal Senado. Só nessa
ocasião Macau é considerada uma província ultramarina autónoma – Província de
Macau, Timor e Solor - deixando de integrar o Estado Português da Índia. A
cidade é declarada porto franco, a partir de 1845, e o governador João Ferreira
do Amaral é nomeado com a expressa missão de inverter o estado das coisas e
reforçar a soberania portuguesa. Foi ele que iniciou a cobrança de impostos à
população chinesa, terminando com o estatuto especial dessa população, expulsou
o mandarim e fechou o Ho-pu, a
alfândega chinesa.
Imagem: Hong Kong na actualidade.
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