A cidade é declarada porto franco, a partir de 1845,
e o governador João Ferreira do Amaral é nomeado com a expressa missão de
inverter o estado das coisas e reforçar a soberania portuguesa. Foi ele que
iniciou a cobrança de impostos à população chinesa, terminando com o estatuto
especial dessa população, expulsou o mandarim e fechou o Ho-pu, a alfândega chinesa. Ferreira do Amaral acabou assassinado
perto das portas do cerco, junto ao Templo da Flor de Lótus. A sua cabeça e o
seu braço direito foram cortados. Seguiu-se uma tentativa de bombardeamento
chinês e a batalha de Passaleão (do nome do forte Baishaling, do outro lado das Portas do Cerco, onde se concentraram
tropas chinesas). A batalha foi ganha graças ao esforço heróico do tenente macaense
Nicolau de Mesquita e à insipiência das tropas chinesas, que entraram em pânico
com a visão de um Landim (soldado
preto) iniciando o assalto. Reforçada a soberania portuguesa, só em 1887 foi
celebrado o “Tratado de Amizade e Comércio Sino-Português”, que reconhece e
legitima a ocupação perpétua de Macau pelos portugueses.
Imagem: coronel Vicente Nicolau de Mesquita
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