A economia de Macau ficou, então, altamente
dependente do jogo e do turismo associado. O jogo foi legalizado em 1847. Em
1850 existiam já mais de 200 casas de jogo. Os chineses adoram jogar. Adoram
desafiar a sorte. Ter sorte é mais do que ganhar. Talvez o façam para se
alienarem da vida dura que sempre tiveram. Ganhar é ter a sorte dos deuses. Os
impostos provenientes do jogo começaram a ser a principal fonte de receita do
governo. Em 1937, o Governo de Macau concedeu, em regime de monopólio, a
exploração do jogo legal, à companhia “Tai
Heng”, liderada por Fu Tak Yam e Kou Ho Neng. A evolução, em termos de
modernização dos casinos, foi impressionante. Foram introduzidos novos jogos,
como o bacará, continuando os jogos tradicionais chineses: “fantam”, “p’ai kao” e “cussec”. Em 1961, as autoridades
portuguesas declaram Macau uma “região
permanente de jogo”. Era governador Jaime Silvério Marques. Terminava nesse
ano a concessão da companhia “Tai Heng”.
Lançado um concurso público, foi a STDM, de Stanley Ho que ganhou a nova
concessão, em regime de exclusivo. A abertura de casinos sucede-se: o Casino
Estoril, inaugurado em 1962. O Hotel e Casino Lisboa, aberto em 1970. A
economia de Macau passou, definitivamente, a depender do jogo.
Foto: "casino flutuante" de Roberto Barbosa.
1 comment:
Esta história de Macau que tens vindo a contar é extraordinária, desconhecia completamente! (eu sei que tenho o livro,mas ainda não tive aquele tempo para me dedicar à leitura, que um livro teu exige!) e assim sempre vou lendo aqui em fascículos. A foto é espectacular tb :)
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