Em
1966 Macau esteve à
beira de se perder para a China. A China nunca reconhecera a
soberania portuguesa, tal como entendida pelos critérios jurídicos ocidentais.
A presença portuguesa era consentida de acordo com os interesses da China.
Mesmo depois do Acordo Luso-Chinês de 1887, Macau continuou a ser um território
chinês, sob administração portuguesa. Uma avaliação diferente seria um erro
político grave. E esse erro foi reiteradamente cometido. Mas, o principal erro
político de Portugal foi não ter reconhecido o governo da República Popular da
China, após a sua proclamação a 1 de Outubro de 1949. A ausência de uma
representação oficial junto do governo chinês potenciou o aparecimento de
figuras importantes de Macau, arvorando-se em intermediários. Portugal ficou
dependente desses contactos, sem poder confirmar o que se passava de facto.
Para agravar esta situação, foram toleradas em Macau actividades de associações
e de agentes ligados ao governo nacionalista da Formosa. Um claro desafio ao
prestígio e à autoridade chinesa. Era fatal que a paciência de Pequim se
esgotasse.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
3 comments:
Afinal a PACIÊNCIA DE CHINÊS é um mito !
Essa imagem é a visão do inferno, melhor,
de um demônio
Não suporto Mao!
Nem pelas mãos do Andy.
Não sei porquê?... Um assassino que esteve muito na moda.
Post a Comment