7.2.12

HISTÓRIA DE MACAU - XVI

Em 1966 Macau esteve à beira de se perder para a China. A China nunca reconhecera a soberania portuguesa, tal como entendida pelos critérios jurídicos ocidentais. A presença portuguesa era consentida de acordo com os interesses da China. Mesmo depois do Acordo Luso-Chinês de 1887, Macau continuou a ser um território chinês, sob administração portuguesa. Uma avaliação diferente seria um erro político grave. E esse erro foi reiteradamente cometido. Mas, o principal erro político de Portugal foi não ter reconhecido o governo da República Popular da China, após a sua proclamação a 1 de Outubro de 1949. A ausência de uma representação oficial junto do governo chinês potenciou o aparecimento de figuras importantes de Macau, arvorando-se em intermediários. Portugal ficou dependente desses contactos, sem poder confirmar o que se passava de facto. Para agravar esta situação, foram toleradas em Macau actividades de associações e de agentes ligados ao governo nacionalista da Formosa. Um claro desafio ao prestígio e à autoridade chinesa. Era fatal que a paciência de Pequim se esgotasse.

3 comments:

João Menéres said...

Afinal a PACIÊNCIA DE CHINÊS é um mito !

Li Ferreira Nhan said...

Essa imagem é a visão do inferno, melhor,
de um demônio
Não suporto Mao!
Nem pelas mãos do Andy.

Jorge Pinheiro said...

Não sei porquê?... Um assassino que esteve muito na moda.