É
por razões políticas que continuamos a ser judaico-cristãos. Os rituais
de Páscoa são o reflexo patético do paralelo feito entre a chamada antiga
aliança e a nova aliança. De acordo com o Livro do Êxodo, os judeus imolaram os
cordeiros para com o sangue marcarem as portas, safando, assim, os primogénitos
da morte prometida por Deus aos primogénitos egípcios. O morticínio deu-se e os
egípcios acabaram por deixar partir os judeus, com medo de mais represálias
daquele deus rancoroso e vingativo. A Bíblia mantém essa memória (Êxodo 12,14). E, claro, para a coisa bater certo, Cristo é imolado no dia 14 do mês de
Nissan, precisamente no dia do início do Pessach.
Cristo é o cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo (Evangelho de São
João 1,29). Acontece que o Cristo histórico nasceu sete anos antes do famoso
ano 1d.C., algures entre Julho e Agosto e suspeita-se que morreu de causas
naturais. A Páscoa é, de facto, um evento eminentemente político. Constantino conseguiu com uma
simples conversão (a sua própria) unificar todo o Império e estabelecer, definitivamente, a
“cortina de ferro” entre Bizâncio e a Pérsia. Não fora Maomé ter nascido tão tarde
(622) e estou seguro que este magnífico imperador teria evitado a criação do
islamismo com mais um truque político à base de camelos e virgens e, provavelmente,
a Páscoa nem sequer existiria.
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3 comments:
↓
Ah! ah! ah! ah!
:o)
Olha que as freiras alemãs jamais me falariam essa versão dos fatos!
Tudo é uma questão de visões, histórias, estórias, princípios, crença, espiritualidade, comércio, política, fé ou qualquer outra coisa.
E cada um tem a sua ainda bem!
Mas não quero nem pensar nos pobres cordeiros. Prefiro as lembranças das minhas quaresmas.
São melhores, mais coloridas e bem mais doce; sabe a chocolate!
;)
bjs
Subscrevo POR INTEIRO o COMENTÁRIO da Li.
Mas acho muito interessante o seu texto, JORGE !
Um abraço.
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