Da Ribeira, da rima, do tempo, da pedra e da água...Ribeira de tempo rio há tempo a de passar rio sem eira nem beira onde o céu não pode tocar,rima fácil de criar, oca sem significar.Ribeira vazia. Ribeira de tempo.Ribeira um dia. Ribeira sem começo nem fim. Ribeira de pedra parada,jaz seca, esturricada. Nascente morreu, interrompida e inerditada. Sem vida, estagnada. Trilha traçada, segue seca e marcada.Rota inalterada. Pedra de tormenta na tempestade lançada pela correnteza pesada. Pedra levada no caminho largada. Vira piso sem deixar pegada Um dia lisa e molhada, noutro quente empoeirada. Água que evapora pela terra tragada. Nessa prosa e parecer, nada acontece antes de ser. Sede que cessa, sono que passa, noite que vai, dia que foi Por aqui um córrego corria. Água que esvaia com seu curso desviado. Vai adormecido sem poder ser acordado, morto e falecido no tempo sempre parado Ficou só a pedra de água lavada. O mato cresceu no barranco. O córrego esvasiou. O dia que a Ribeira estancou...
Só com amigos queridos é que temos a liberdade de brincar com a palavra na certeza que ela sendo ou não direita é certamente entendida e aceita. Obrigada Jorge e João.
8 comments:
Completamente seca.
Que pena !
Mas no seu leito haverá preciosidades...
Muitas águas rolaram ...
e vao voltar...amo estas pedras...
Da Ribeira, da rima, do tempo, da pedra e da água...Ribeira de tempo rio há tempo a de passar rio sem eira nem beira onde o céu não pode tocar,rima fácil de criar, oca sem significar.Ribeira vazia. Ribeira de tempo.Ribeira um dia. Ribeira sem começo nem fim. Ribeira de pedra parada,jaz seca, esturricada. Nascente morreu, interrompida e inerditada.
Sem vida, estagnada.
Trilha traçada, segue seca e marcada.Rota inalterada. Pedra de tormenta na tempestade lançada
pela correnteza pesada. Pedra levada no caminho largada. Vira piso sem deixar pegada
Um dia lisa e molhada, noutro quente empoeirada. Água que evapora
pela terra tragada. Nessa prosa e parecer, nada acontece antes de ser. Sede que cessa, sono que passa, noite que vai, dia que foi
Por aqui um córrego corria.
Água que esvaia com seu curso desviado. Vai adormecido sem poder ser acordado, morto e falecido no tempo sempre parado
Ficou só a pedra de água lavada.
O mato cresceu no barranco.
O córrego esvasiou.
O dia que a Ribeira estancou...
SELENA :
Adorei o que escreveste !
Um beijo de água lavada.
Só com amigos queridos é que temos a liberdade de brincar com a palavra na certeza que ela sendo ou não direita é certamente entendida e aceita.
Obrigada Jorge e João.
Beijos senhores
"...a liberdade de brincar com a palavra..."
Lindo!!!
Como a "liberdade" de uma ribeira tão molhada que seca e fica tão lavada...
Anónimo da Sertã
Muito seca mesmo.
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