26.3.13

A MORTE DA LAMPREIA - II


A ventosa que forma a boca da lampreia funciona como tal através dum complexo mecanismo que age como uma bomba de sucção: inclui um pistão, o velum e uma depressão na cavidade bucal, o hydrosinus. De cada lado do corpo, por detrás da cabeça, apresenta sete aberturas branquiais, e possui duas barbatanas dorsais na metade posterior do corpo. A Lampreia possui duas formas de vida distintas. Enquanto larva vive nos rios, consumindo microalgas e detritos. Após vários anos, e uma profunda metamorfose, ela dirige-se ao mar, onde se alimenta do sangue de diversos animais que suga através da "boca-ventosa". A larva da lampreia é relativamente sedentária, passando a maior parte do tempo enterrada nos rios, nas zonas de vasa pouco profundas. Ao fim de um período que pode ir de 5 a 11 anos deixa de se alimentar e sofre uma metamorfose, transformando-se num indivíduo juvenil, cuja morfologia externa se aproxima à do animal adulto. Durante os meses seguintes o juvenil emerge do substrato e migra para jusante até ao mar, onde se desenvolve até à forma adulta. Quando atinge a maturidade, o adulto de lampreia deixa de se alimentar e inicia a migração para os rios, onde constrói ninhos, reproduz-se e morre, cerca de uma a duas semanas mais tarde. E é aqui que é apanhada e acaba em arroz.

6 comments:

João Menéres said...

Só levamos com mortos !

Quem precisava de uma ventosa assim a limpar-lhes o sebo sei eu quem eram !

Não sou capaz de comer lampreia, nem outras coisas com que o Jorge se delicia, mas sou capaz de afirmar que a foto de cima é PRECIOSA !

myra said...

ggrrrrrrrrrrrrrr,brrrrrrrrrr

Anonymous said...

Que vida tumultuada!!

daga said...

que boca horrorosa... que estranho!

Maria de Fátima said...

e ali no Eduardo, estivesse eu no FB, colocaria outro like, que de facto, apre Jorge! uma vida e tanto para chegar a adulto e procriar em terreno desconhecido - um rio e ainda por cima em contra-corrente - para acabar assim em cabidela antes de ter terminado a missão na Terra...
mas também, deixa que o diga (contradições da vida) autêntico vampiro dos mares essa lampreia...

Jorge Pinheiro said...

É mesmo conhecido pelo Vampiro dos Mares. Nós somos vampiros em todo o lado. Por isso vamos sobrevivendo.