7.10.13

OPERAÇÃO CAÇÃO - I



 A explosão ouviu-se em toda a cidade. Um clarão intenso. Um ruído sinistro. Corpos mutilados. Vidros estilhaçados. Edifícios destruídos. Sapatos desirmanados à deriva no asfalto. Braços anónimos espalhados pela calçada. Uma onda de choque que levou tudo à frente. Era uma hora da tarde. Ninguém sabia como aquilo acontecera. Num segundo, a pacata rua Direita transformara-se num campo de batalha. A bomba explodira na hora de maior movimento. Explodira numa zona de restaurantes pejada de turistas. Um sobrevivente assegurava ter visto um motociclista suspeito. Outro, afirmava que a explosão viera de uma loja de comida chinesa. Outro, ainda, garantia que vira um homem fazer-se explodir. As primeiras pistas, porém, indicaram que o explosivo tinha sido introduzido num caixote do lixo, perto do restaurante "D. Sebastião". As análises técnicas preliminares determinaram tratar-se de um explosivo sintético de grande potência. Um produto de origem desconhecida. Deram-lhe o nome de “Sintex Z”. As investigações concentraram-se, de imediato, na identificação da origem do “Sintex Z”.

7 comments:

João Menéres said...

Reporter de guerra ?

Anonymous said...

Vamos acompanhar a série com atenção.

Mena G said...

Promete... :)Vou fotografar o local enquanto ainda está intacto.

Fatyly said...

Fiquei sem palavras...e enquanto lia, incrivelmente ouvia o som e efeitos das explosões que jamais esquecerei.

Não consigo ver as teclas e vou beber água e respirar fundo!

myra said...

horror!!!! aonde? terrivel!!!

Jorge Pinheiro said...

Muyra: isto é ficção. É o meu conto policial que vem no livro Manjar Branco.

Anonymous said...

Myra, completando a informação do Jorge, mais exatamente uma releitura do conto UM NOVO CASO, do livro com o mesmo nome.